A pandemia da Covid-19, decretada em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde – OMS, provocou uma crise mundial, afetando diversos setores econômicos da sociedade, inclusive o turismo, com redução da receita nominal das Atividades Características do Turismo - ACTs, gerando desemprego, concomitante ao período de implementação da Reforma Trabalhista de 2017. Nesse sentido, objetiva-se conhecer a dinâmica do emprego nas ACTs durante a pandemia da Covid-19, considerado um período de exceção no contexto nacional, com o intuito de compreender o agravamento ou não da situação de vulnerabilidade laboral do/no trabalho em turismo a partir da análise dos tipos de contratos vigentes durante os anos de 2020 e 2021 em relação aos trabalhadores em geral. Escolheu-se, como percurso metodológico, a análise qualitativa e quantitativa dos dados coletados no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Novo Caged, averiguando o saldo de empregos nas ACTs, o perfil dos contratos temporários e intermitentes no período supracitado. Os resultados dispostos foram cotejados com a teoria sobre relações de trabalho no/do turismo, verificando a vulnerabilidade em relação aos contratos de trabalho nas ACTs no período estudado. Por fim, o saldo negativo de empregos resultante da primeira onda não se recuperou no período de retomada do setor. Quanto aos contratos precarizados, observou-se que apresentaram uma taxa de crescimento composta superior aos contratos por tempo indeterminado, dos quais as mulheres foram a maioria.