Entre as ações para o planejamento e o ordenamento dos espaços apropriados para o turismo está o conhecimento dos elementos que o compõem. Uma das metodologias para se obter este conhecimento é a do Inventário da Oferta Turística (IOT). Este artigo se propõe a descortinar o uso desta metodologia na obtenção de conhecimentos que possibilitem auxiliar o desenvolvimento de etapas e de intervenções no território por meio do planejamento turístico. A pesquisa utilizou dados coletados em fontes selecionadas, tanto bibliográficas como documentais, referentes ao tema e de quatro décadas de experiência profissional dos autores em projetos vinculados a elaboração e implementação de IOTs em diversos destinos turísticos brasileiros. O resultado reconfirmou a importância da metodologia do IOT para o planejamento e ordenamento do território, porém notou-se que esta percepção não é comungada por todos os agentes sociais do turismo, seja pela sua desatualização frente às necessidades contemporâneas e/ou pela inexistência ou pela inventariação insuficiente em muitos destinos turísticos. Também se observou que as políticas públicas demonstraram pouca relevância à metodologia ou a deturparam ao tratá-la apenas como um banco de dados.Palavras chave: Planejamento Turístico, Inventário da Oferta Turística, Espaço turístico; IOT-RJ.
Entre 2015 e 2017, no Estado do Rio de Janeiro, foi desenvolvido por duas instituições públicas, a Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (SETUR RJ) e a Universidade Federal Fluminense (UFF), um projeto de Inventariação da Oferta Turística (IOT-RJ) em 23 municípios que participavam do Programa Regional de Desenvolvimento do Turismo do Rio de Janeiro (PRODETUR RJ). O projeto apontou para alguns aspectos positivos e para fragilidades que levaram a reflexão sobre as vantagens e limitações das metodologias empregadas, os sucessos e percalços na organização da pesquisa e a alimentação e divulgação dos dados. Apesar dos avanços tecnológico e dos resultados positivos obtidos, a experiência apontou para limitações, especialmente quanto a logística, ao uso da tecnologia, a disposição dos dados finais, a divulgação e a compreensão por parte dos usuários dos inventários, de seu valor no processo decisório de planejamento do turismo e necessidade de atualização constante.Palavras chave: Inventário da oferta turística; PRODETUR; IOT-RJ; Rio de Janeiro.
A presente pesquisa teve por objetivo analisar criticamente a produção científica sobre trabalho e turismo dos principais periódicos brasileiros de Turismo, a partir dos títulos, resumos e palavras-chave dos textos selecionados. Se por um lado observa-se uma desarticulação histórica da academia para consolidação de conceitos, categorias e espaços de discussão para esse tema, por outro, ele aparece com urgência na realidade e vem sendo abordado com destaque nos últimos tempos. A metodologia utilizada consistiu de uma revisão sistemática da literatura sobre os temas “trabalho no turismo” e “trabalhadores do turismo”, tendo como parâmetros pesquisas publicadas, entre 2016 e 2020, em periódicos científicos brasileiros da área do Turismo classificados pelo Qualis Capes 2013-2016 entre as categorias A1 e B5. Foi realizada a leitura interpretativa e crítica de 2388 resumos no total. Como resultados, 117 abordavam turismo e trabalho, o que representa 5% da produção total – e esse número inclui toda pesquisa que tenha abordado alguma questão sobre trabalho e turismo, ainda que não como objetivo principal. Os textos analisados demonstraram que muitas pesquisas ignoram os temas “trabalho” e “trabalhadores”, mesmo quando se propõem a analisar diferentes agentes sociais (stakeholders, instâncias de governança, redes) ou aspectos fundamentalmente ligados aos trabalhadores (como serviços, hospitalidade, produtos). Entretanto, as pesquisas que abordam “trabalho” e “trabalhadores” apresentam ampla diversidade de temas de pesquisa e de categorias profissionais contempladas – confirmando a complexidade e relevância dessa subárea de pesquisa. Assim, esperamos que a presente pesquisa seja um primeiro passo para caracterizar e consolidar a subárea Turismo e Trabalho.
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