Objetivo: determinar a epidemiologia e as características clínicas do melanoma cutâneo (MC) na região Oeste do estado de Santa Catarina, Brasil. Métodos: este estudo transversal e descritivo avaliou o comportamento clínico e o perfil epidemiológico do MC em pacientes de 78 municípios do Oeste do Estado de Santa Catarina, Brasil, no período de 2002 a 2016, tratados no Sistema Único de Saúde. Para a análise dos dados foi utilizado o teste do Qui-quadrado. Para elaborar as curvas de sobrevida, foi considerado um período de 10 anos (teste Log Rank). Resultados: dados de 1.146 pacientes foram avaliados, e houve uma média de 20 casos/100.000 habitantes/ano. Encontravam-se nos estágios I e II 63,5% dos pacientes. A sobrevida global em 10 anos de acompanhamento foi de 89%(IC95% 87,7% - 91,5%). Pacientes do sexo feminino apresentaram maior sobrevida (94,5%; IC95% 92,7% - 96,4% vs. 82,6%; IC95% 78,9% - 86,3%; p < 0,001) e variáveis de melhor prognóstico. Conclusões: o Oeste do estado de Santa Catarina apresentou uma alta prevalência de MC. As características clínicas e epidemiológicas encontradas concordam com as descritas nas populações que residem em regiões geográficas equivalentes; mas diferem de outras regiões do Brasil. Essas diferenças, associadas à organização do sistema público de saúde de referência e contra-referência, podem explicar aos resultados de sobrevida encontrados.