“…Um exemplo é a associação de cinturas periféricas (Whitehand, 1972) ao sistema de corredores verdes formados pela reserva de áreas que compunham a várzea dos rios intraurbanos. Com base em estudos realizados em cidades, como Belém, Santarém, Marabá e Canaã dos Carajás (Cardoso & Miranda, 2018;Gomes & Cardoso 2019;Pontes & Cardoso, 2016;Costa, 2017), observa-se que há tendência de que tais obstáculos do sítio constituam cinturas periféricas que, diversamente das suas congêneres europeias, consistiam em terras públicas ou privadas destinadas a "usos rurais", mas que, após a intensificação dos fluxos migratórios para a região, passaram a ser aterradas e ocupadas para moradia, a princípio por grupos sociais com menos renda. Conforme a localização e o volume de investimentos em aterro e redes de drenagem, tais áreas foram completamente amalgamadas à cidade e gentrificadas ou transformaram-se em áreas mais vulneráveis a alagamentos.…”