Introdução:O diagnóstico e a intervenção precoces nas alterações auditivas são de fundamental importância no desenvolvimento infantil. O registro das emissões otoacústicas tem sido largamente indicado, por ser um exame rápido, de fácil aplicação. Objetivo: Os objetivos do presente estudo foram avaliar a função auditiva periférica de recém-nascidos a termo e pré-termo adequados e pequenos para a idade gestacional, por meio da pesquisa das emissões otoacústicas transitórias, identificando a prevalência de alterações auditivas nesta população; verificar a influência das variáveis idade gestacional e peso ao nascimento, assim como de tipos de tratamento, ventilação mecânica, administração de medicamentos ototóxicos e permanência em incubadora e analisar os fatores que interferem nos programas de triagem auditiva neonatal. Forma de estudo: Clínico prospectivo. Material e método: Foram avaliadas 157 crianças, sendo 43 nascidas a termo, 79 pré-termo adequadas à idade gestacional e 35 pré-termo pequenas à idade gestacional. Resultado: Observou-se que recém-nascidos prematuros falham mais nas respostas das emissões otoacústicas. A prevalência de perda auditiva condutiva na população estudada foi de 29 orelhas para 1000 e para perda auditiva neurossensorial de 16 orelhas para 1000. As crianças de peso baixo ao nascimento foram as mais difíceis de serem avaliadas. As emissões otoacústicas transitórias foram observadas a partir de 27 semanas de idade gestacional. Os tipos de tratamentos utilizados foram fatores que influenciaram negativamente nas respostas das emissões otoacústicas nos grupos de prematuros. Conclusão: O trabalho de diagnóstico precoce da perda auditiva deve ser objetivo de equipe interdisciplinar -neonatologista, pediatra, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, enfermeiro e familiares -e deve ser seguido, imediatamente, por programas de intervenção precoce. There were appraised 157 children, whose 43 were born full term, 79 preterm adequate to gestacional age and 35 small preterm to gestacional age. It had been observed that premature neonates fail more in the answers from otoacoustic emissions.
Cristiane Fregonesi
Results:The prevalence of conductive hearing impairment in the population studied was from 29 ears to 1000 and for the sensory-neural hearing impairment from the 16 to 1000. The low weight children in the birth were the most difficult to be appraised. The transient otoacoustic emissions were observed from the beginning of 27 gestacional weeks old. The kinds of treatments used were factors that influenced negatively in the answers of the otoacoustic emissions in premature groups.
Conclusion:The early diagnostic work of the hearing impairment must be objective of the interdisciplinary teamneonatologist, pediatrician, ear/nose and throat doctor, audiologist and speech-language pathologist, nurse and relatives -and must be followed, immediately, by the early interventions programs.
ORIGINAL ARTICLE ARTIGO ORIGINALRev Bras Otorrinolaringol.