Sedimentologia, cronologia e dinâmica progradacional das planícies costeiras de Campos Verdes e Ji (Laguna, SC)

Abstract

SÃO PAULO 2010I "Aí está ele, o mar, a mais ininteligível das existências não humanas. E aqui está a mulher, de pé na praia, o mais ininteligível dos seres vivos. Como ser humano fez um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornou-se o mais ininteligível dos seres vivos. Ela e o mar.Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se entregasse ao outro: a entrega de dois mundos incognoscíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensões.... Mesmo que o esqueça daqui a uns minutos, nunca poderá perder tudo isso."As águas do mundo -Clarice Lispector II AGRADECIMENTOSAos meus pais Antonio e Maritza, por sempre valorizarem e respeitarem minhas escolhas; muito obrigada, pai e mãe, pelo apoio e compreensão! À minha querida irmã, que apesar de morar do outro lado do oceano, está sempre presente.Ao amigo e orientador Prof. Paulo C. F. Giannini, que me mostrou caminhos, me ensinou a engatinhar e depois a andar neles e através deles. Ao também amigo e co-orientador Prof.André O. Sawakuchi, que me deu empurrões necessários para o desenvolvimento deste trabalho. Ao Prof. Francisco W. da Cruz Jr., pelas sugestões e explicações sobre paleoclima.Aos novos amigos da geofísica, Ângelo, Ana Elisa, Baiano, Caio, Frederico e Karine, pelo bom humor e companheirismo. Aos irmãos Na, Rafa e Vi Gitti que fizeram parte da família 101C durante esses dois anos. Às amigas geólogas Talita (Xoca), Daina, Ana e Grace, o Rio de Janeiro continua lindo! À amiga física Pat Magalhães pelas dicas de Origin e conversas de bandejão. Ao Marcel por me ajudar com o sprint final nas impressões. E aos amigos "humanos" Dea Morganti, Felipe Moreira e Natália Gitti, eu se divirto com vocês.Obrigada ao meu time (BAFEFI), que me recebe de braços abertos toda quarta-feira para jogar basquete; essa descontração foi fundamental durante o mestrado.Aos alunos da oceanografia que cursaram a disciplina princípios da geologia sedimentar em 2009 e aos alunos da geologia que estão cursando a disciplina sedimentologia, por me ajudarem a enxergar a geologia sedimentar sob outra perspectiva e por cativar a minha vontade de aprender e compartilhar.Aos alunos e professores da disciplina simulação dos sistemas complexos. ..............................................................................................66 6.5.1. Estágios cronológicos de Campos Verdes ............................................................................... : trocas de sedimentos ........................................................................................ climática .........................................................................................84 7. CONCLUSÕES....................................................................................................................................97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................................104 ANEXO 1 -RESULTADO DA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA...................................................... ...............................

O registro climático e ambiental das conchas de sambaquis e depósitos paleolagunares na costa centro-sul Catarinense

“…Fases de ocupação sambaquieira (F.O.S.) e sua contextualização em relação à evolução geomorfológica da região, que passou de uma grande baía a um sistema de lagunas intercomunicáveis (adaptado de Giannini et al, 2010 A seguir, apresenta-se uma síntese de cada um dos depósitos arqueológicos analisados com respeito à sua localização/setor, idade, geometria, tamanho e características principais, referenciada por pesquisas arqueológicas e sedimentológicas realizadas nesta região e nestes depósitos (Fish et al, 2000;Gaspar, 2002;Karl, 2000;Lessa e Medeiros, 2001;DeBlasis et al, 1998DeBlasis et al, , 2007Villagran, 2008;Assunção, 2010;Giannini et al, 2010;Villagran, 2012 (Tanaka, 2010), no setor nordeste Figura 5, e é datado entre 3970 anos cal. AP e 1830 anos cal AP (Giannini et al 2010).…”

“…de largura e 5m de altura. Sua estratigrafia é composta por uma camada de aproximadamente 35 cm de conchas (majoritariamente A. brasiliana) associadas a sedimento arenoso-lamoso cinza escuro, com matéria orgânica, por vezes concrecionado, que cobre um corpo monticular arenoso (Assunção, 2010;Tanaka, 2010…”

Micromorfologia de sítios concheiros da Ameroca do Sul: Arqueoestratigrafia e processos de Formação de Sambaquis (Santa Catarina, Brasil) e concheros (Terra do Fogo, Argentina

“…O sistema planície costeira, que apresenta na região pelo menos duas gerações, uma pleistocênica e outra holocênica, diferencia-se por não estar associado geneticamente a corpos lagunares adjacentes e por poder apresentar alinhamentos de cordões litorâneos (Giannini 1993(Giannini , 2002. Exemplo disso são os cordões litorâneos que ocorrem na planície do Ji, imediatamente a norte de Laguna (Giannini 1993(Giannini , 2002Tanaka, 2010). Cordões regressivos ocorrem também dentro do sistema lagunar, na região situada entre as desembocaduras das lagunas de Santa Marta e Santo Antônio, local conhecido como planície de Campos Verdes (Giannini 1993).…”

“…Estes cordões, de posição transversal à atual linha de costa, representam o crescimento progradacional da planície sentido NW. Este crescimento teria sido a partir do paleopontal lagunar situado na margem NE da laguna de Santa Marta, pela ação de ondas na região de paleodesembocadura lagunar (Tanaka, 2007(Tanaka, , 2010Tanaka et al, 2009). O sistema eólico, o de maior extensão, superpõe-se aos sistemas barreira, planície costeira e lagunar e divide-se em quatro gerações de depósitos eólicos denominadas gerações 1, 2, 3 e 4, em ordem de idade decrescente.…”

Evolução sedimentar e cronologia da barreira costeira quaternária de Maçambaba: a influência de ventos de rumos opostos e seu possível significado paleoclimático

“…Fizeram-se 158 coletas de sedimentos inconsolidados destinadas a ensaios granulométricos (todas as amostras) e a análise de minerais pesados (72 amostras), Este é o raio máximo de influência da parcela de radiação ionizante advinda do próprio sedimento, admitido na literatura (Tanaka 2010, Guedes et al 2013.…”