O objetivo é analisar a questão racial brasileira como obstáculo histórico ao desenvolvimento econômico-social do país, a partir de uma perspectiva crítica marxista. Considera-se que as relações sociais são moldadas não somente pelo regime de classes como também pelo mito da democracia racial como ferramenta de uma velada segregação – que, como tal, também se mostra uma densa barreira ao fortalecimento de um proletariado sólido. A metodologia utilizada consistiu em defrontar a argumentação das clássicas teses de Florestan Fernandes e Octávio Ianni com artigos científicos mais recentes, levantando convergências e divergências, para, a partir dos dados levantados, demonstrar que a conscientização acerca da questão racial é condição sine qua non para a legitimação e o fortalecimento do proletariado.