RESUMO: O artigo discute a falta de conhecimento sobre as diferenças sintáticas internas ao português brasileiro (PB) para tratar da necessidade e das possibilidades de descrição da variação espacial da gramática do PB através da conjugação das teorias formalistas sobre a linguagem e os métodos de levantamento e análise de dados da dialectologia e da geolinguística, em especial, pela construção de atlas linguísticos. Para isso, discute aspectos da metodologia do maior projeto de geolinguística do país, o Atlas Linguístico do Brasil (ALiB); descreve também a experiência de alguns atlas sintáticos europeus, inspirados na perspectiva microparamétrica da gramática gerativa. PALAVRAS-CHAVE: sintaxe, variação dialetal, geolinguística, atlas linguísticos, linguística formal.ABSTRACT: This paper discusses our lack in knowledge about Brazilian Portuguese (BP) dialectal differences in syntax in order to bring about the need for the description of the spatial variation in PB grammar. For that, it discusses ways of the articulation between formalist theories of language and the methods of dialectology and geolinguistics, in special, by the construction of linguistic atlas. It describes some aspects of the most important Brazilain geolinguistic project, the Linguistic Atlas of Brasil (ALiB), the experience of some syntactic atlas of European languages, inspired by the microparametric perspective in generative grammar.