O presente texto tem como objetivo analisar a distribuição espacial dos casos confirmados da COVID-19 no Estado da Bahia, entre o período de março a junho de 2020, ao passo que busca analisar a distribuição dos leitos de terapia intensiva e da população com idade superior a 60 anos, tendo em vista a possibilidade de alocação dos equipamentos de suporte à saúde intensiva com base nos padrões de disseminação da doença e na concentração de idosos. Para tal, a partir de dados dos Boletins Epidemiológicos da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB, 2020) e do Portal COVID (IBGE, 2020) foram utilizadas ferramentas de Sistema de Informação Geográfica, para qualificação e análise da distribuição espacial da COVID-19. Os resultados apontam que a dispersão do vírus no território estadual teve forte relação com os eixos rodoviários e aéreos de maior porte do estado. Desta forma, até junho de 2020, 93,52% dos municípios do estado não detinham de leitos de UTI, além disso, ressalta-se a alta taxa de incidência para a Região Sul do estado e destaca-se a concentração dos leitos de UTIs na Região Metropolitana de Salvador, ao passo que os municípios com maiores concentrações de idosos se concentram no Centro Oeste do estado, em municípios pequenos, com redes de saúde frágeis, o que desperta a necessidade para o planejamento de ações em saúde. Ao final, este trabalho legitima-se ao reconhecer padrões espaciais de rotas de dispersão e fornecer relevantes informações para a compreensão e mitigação de danos relacionado a pandemia da COVID-19.