Resumo O câncer (ou neoplasia maligna), apesar de ser uma patologia conhecida há séculos, tem ocupado posição de destaque nos estudos referentes à saúde por todo o mundo, pois se tornou um problema de saúde pública, devido ao caráter epidêmico com que tem se apresentado. Este trabalho tem por objetivo discutir a regionalização da saúde em Minas Gerais, relacionando-a com a assistência aos usuários com câncer de mama dos municípios que compõem a Região Ampliada de Saúde Norte (RAS Norte). Os procedimentos metodológicos consistiram em revisão bibliográfica, pesquisa documental e registros iconográficos. A RAS Norte é composta por 86 municípios divididos em nove regiões de saúde, sendo Montes Claros a cidade-polo que oferece os serviços ambulatoriais e hospitalares de alta complexidade para o tratamento do câncer e que recebe toda a demanda de usuários oncológicos da região. A população atingida pelo câncer de mama na região enfrenta problemas relacionados com o acesso aos serviços de saúde, principalmente no que se refere à acessibilidade, como percorrer grandes distâncias com péssimas condições das estradas para tratarem a doença. Percebe-se que a regionalização da saúde em Minas Gerais é um processo ainda em construção que deve ser revisto constantemente, a fim de se atingir uma gestão eficiente dos serviços de saúde.
O Brasil é um país com extensa dimensão territorial e com acentuadas desigualdades socioeconômicas entre suas regiões, o que reflete diretamente no acesso à saúde, principalmente da população mais carente. O mesmo ocorre nos estados, como é o caso de Minas Gerais, com diversidade regional, com características sociais, econômicas e culturais variadas. Daí a importância de se promoverem estudos de cunho regional na tentativa de evidenciar as potencialidades e fragilidades que as regiões apresentam, para que, assim, as políticas públicas de saúde possam ser desenvolvidas com maior eficácia, possibilitando as autoridades sanitárias ações mais assertivas no combate a COVID-19. Em face a essa realidade, o presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a situação epidemiológica da transmissão da covid-19 no norte de Minas Gerais, Brasil. Considerando que a pandemia de Covid-19 ainda não chegou definitivamente ao Norte de Minas, e que a relação leitos de UTI/população não é adequada, isso impõe ao Estado e às autoridades sanitárias da Região de Saúde tomar medidas urgentes para ampliar o número de leitos com respiradores para atender a demanda crescente que se espera, quando a região enfrentar o pico da pandemia. Outra questão importante é que a hora de estabelecer medidas que imponham o isolamento social com mais rigor é agora, para achatar a curva de transmissão, antes que o número de casos da doença cresça e a situação fique fora de controle.
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma antropozoonose que se encontra em crescente processo de urbanização. Constitui-se em um problema de saúde pública que, a partir da década de 1980 no Brasil, vem aumentando os números de casos registrados. A LTA é uma das afecções dermatológicas de grande preocupação devido a sua magnitude e o risco de produzir deformidade no ser humano, associando-se ao envolvimento psicológico. Dessa forma, o presente estudo objetiva discutir o aumento nos índices de ocorrência de leishmaniose tegumentar americana no município de Montes Claros - Minas Gerais. O processo metodológico constituiu-se em revisão bibliográfica e levantamento documental. Diante do aumento na notificação dos casos de LTA no município acima mencionado entre os anos de 2007 Ã 2013, denota-se a relevância deste estudo para a compreensão dos fatores que se correlacionam com a expansão da doença.
Recebido em: 16/11/16; Aceito em: 22/03/17 RESUMO A incidência da dengue vem apresentando uma tendência crescente no Brasil, desde a reintrodução do vírus, em1976. É uma doença epidêmica, transmissível e complexa, afetando populações independente da classe social e constitui-se, atualmente, uma preocupação à nível global, especialmente nos países tropicais, onde as condições ambientais, em particular as climáticas, associadas à ineficácia das políticas socioambientais favorecem o desenvolvimento e proliferação de vetores (mosquitos do gênero Aedes aegypti e Aedes albopictus). O estudo teve como objetivo analisar a incidência de dengue na Microrregião Montes Claros/MG, e sua relação com os fatores socioambientais e climáticos, especificamente a pluviometria e temperatura. Deste modo, buscou-se relacionar a problemática socioambiental urbana, principalmente inerente ao saneamento básico, a precipitação e a temperatura, com a propagação da doença. Os resultados da pesquisa apontam que as variáveis climáticas (precipitação e temperatura) influenciam na epidemiologia da dengue que apresenta maiores incidências na microrregião em períodos chuvosos e de maiores temperaturas, bem como redução nos períodos de menor temperatura. Em relação aos fatores socioambientais a precariedade do saneamento básico, a falta de planejamento urbano e interferência antrópica nos ecossistemas contribuem para a intensificação do problema.Palavras-Chave: Doença epidêmica; Precipitação; Temperatura; Políticas públicas. CORRELATION BETWEEN CLIMATE, SOCIO-ENVIRONMENTAL FACTORS AND DENGUE IN THE MICROREGION OF MONTES CLAROS, MINAS GERAIS, BRAZIL ABSTRACTIncidence of dengue has been increasing in Brazil since the reintroduction of the virus in 1976. It is an epidemic, transmissible and complex disease, affecting populations independent of social class and is now a global concern, especially in tropical countries, where environmental conditions, particularly the climatic conditions, associated with ineffective socio-environmental policies favor the development and proliferation of vectors (mosquitoes of the species Aedes aegypti and Aedes albopictus). The study aimed to analyze the incidence of dengue in the Microregion of Montes Claros, Minas Gerais [Brazil], and its association with socio-environmental issues and climatic factors, specifically rainfall and temperature. Thus, we sought to relate the urban socio-environmental problem, mainly inherent to basic sanitation, precipitation and temperature with the spread of the disease. The results indicate that climatic variables (precipitation and temperature) influence the epidemiology of dengue fever, which presents higher incidences in the microregion in rainy periods and higher temperatures, as well as reduction in periods of lower temperature. Regarding socio-environmental factors, the precariousness of basic sanitation, lack of urban planning and anthropic interference in ecosystems contributes to the intensification of the problem.
Este artigo tem como objetivo discutir a relação entre a expansão urbana e a ocorrência de doenças emergentes na cidade de Manaus - AM, enfatizando a Tuberculose e a Hanseníase. A existência dessas doenças no mundo é um fato, mas sua propagação depende de cada espaço, da resistência humana às mesmas e das condições socioeconômicas e ambientais à sua propagação. Os procedimentos metodológicos consistiram em pesquisa bibliográfica, levantamento documental, observação in loco e aplicação de questionário semi-estruturado. A partir das abordagens realizadas concluímos que a ocorrência dessas doenças está associada à expansão urbana da cidade de Manaus e à falta de políticas públicas específicas para essas áreas em expansão, principalmente em relação à infra-estrutura de saneamento básico. Expansão urbana, doenças emergentes, Amazônia brasileira
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