“…No panorama nacional, o estudo do Direito através da imaginação sociológica (Wright Mills apud Giddens, 2009) começou a consolidar-se nos finais da década de 1980 (Santos, 1986(Santos, , 1988(Santos, e 1990, em particular quando o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra venceu um concurso para investigar a litigiosidade e os tribunais em Portugal (1990), por iniciativa do Centro de Estudos Judiciários, conduzindo à fundação do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, sob a direção de Boaventura de Sousa Santos; e com a criação, em 2015, da secção temática de Sociologia do Direito e da Justiça da Associação Portuguesa de Sociologia (Guibentif, 2017). Desde então, verificou-se um processo de institucionalização deste ramo do conhecimento em torno de quatro temáticas fulcrais: a Sociologia do Direito das desigualdades e da cidadania; o político, o Estado, o Direito e a sociedade; os estudos da administração da justiça; e os estudos sobre o controlo, o crime, o desvio e as violências (Branco, Casaleiro e Pedroso, 2018).…”