“…A homofobia internalizada contribui para a cristalização das representações do feminino e do masculino na comunidade não-heterossexual. Essas representações, guiadas pela homofobia internalizada, fazem contorno às produções normativas de gênero dominantes na sociedade, visto que confrontar essas representações significaria combater modelos heteronormativos 2 Entendida aqui como um conjunto de homens gays e bissexuais, que assim se identificam e se relacionam, mesmo quando não possuem total consciência dessa relação comunitária, de modo semelhante ao funcionamento da comunidade LGBT+ A antiafeminação também se relacionou positivamente com a importância dada à masculinidade do parceiro, o que coloca em xeque a crença de que a rejeição amorosa/sexual a afeminados, em muitos casos, é uma questão exclusivamente de "gosto pessoal" (Almeida, 2011;Braga, 2015;Rezende & Cotta, 2015;Zago & Seffner, 2008). Além disso, fortalece as evidências acerca da influência da afeminação nas escolhas amorosas dos homens gays e bissexuais (Almeida, 2011;Braga, 2015;Miller & Behm-Morawitz, 2016).…”