RESUMO:O principal objectivo deste estudo foi realizar a adaptação da Escala da Intensidade da Fadiga (Krupp et al., 1989), que visa avaliar a percepção do nível de fadiga em doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico (LES). Os resultados, numa amostra de 104 doentes com LES, ao nível da análise factorial revelaram que os itens da versão original se organizam exactamente num único factor, de acordo com o modelo original. Em termos de fidelidade, o coeficiente encontrado foi .96 indicando uma elevada consistência interna dos itens tal como verificado na versão original que foi de .88. Deste modo, a Escala da Intensidade da Fadiga apresenta boas qualidades psicométricas para ser utilizada como medida de avaliação da percepção da fadiga na população portuguesa de doentes com Lúpus Eritematoso Sistémico. Relativamente à validade de constructo, os resultados revelam que quanto mais intensa a fadiga percepcionada pelos doentes com LES, pior a qualidade de vida em todos os domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente) e maior a sintomatologia depressiva e ansiosa apresentada. Palavras-chave: Fadiga Intensa, Lúpus Eritematoso Sistémico, Morbilidade Psicológica, Qualidade de Vida.
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SEVERE FATIGUE IN PATIENTS WITH SYSTEMIC LUPUS ERYTHEMATOSUS: A STUDY ON THE PSYCHOMETRIC PROPERTIES OF THE SEVERITY FATIGUE SCALE ABSTRACT:The main purpose of this study was the adaptation of the Fatigue Severity Scale (Krupp et al., 1989), which was designed to assess the perception of fatigue levels in patients with Systemic Lupus Erythematosus (SLE). Using a sample of 104 patients with SLE, the results showed that the Fatigue Severity Scale had a fidelity coefficient of .96, which indicates a high internal consistency of the items, like the original version (.88). The factor analysis showed the items, in the adapted version, to be organized in one factor only, as it happens in the original version. Thus, the Fatigue Severity Scale has good psychometric qualities that allow its use as an assessment tool in the evaluation the perception of fatigue in the Portuguese population of patients with Systemic Lupus Erythematosus. In terms of construct validity results showed, in patients with SLE, higher perceived fatigue to be associated with low quality of life in every domain (physical, psychological, social relationships and environment) and more depressive and anxiety symptoms.