ResumoO autor Jan Patočka entende história como ruptura. A ruptura entre história e pré-história acontece como movimento autêntico de nossa natureza humana. Movimento, usado em conotação qualitativa, é lido como transformação, como possibilidade. Afirma-se a existência de três movimentos individuais que de maneira transubjetiva se transformam em horizontes históricos. A autenticidade da transformação advém da consciência da natureza humana dos três movimentos individuais -ancorados em nossa corporeidade -e da responsabilidade da criação de horizontes transubjetivos -desta forma, históricos. Para melhor entendimento dessas ideias, trazemos a leitura de François Hartog e sua noção de regimes de historicidade compreendida como identificação e nomeação de diferentes organizações histórico-temporais.
Palavras-chave:Filosofia da História; Fenomenologia; Genealogia da Responsabilidade; regimes de historicidade.
AbstractThe philosopher Jan Patočka understands history as a rupture. The rupture between history and prehistory occurs as an authentic movement of our human nature. Movement, in its qualitative connotation, is read as transformation, as possibility. He establishes three individual movements that transform themselves, by a trans-subjetive mode, into historical horizons. The authenticity of this transformation comes from the consciousness of the human nature of the three individual movements -anchored in our corporeity -and from the responsibility on the creation of transubjective horizons -thus historical. To better understand these ideas, we bring François Hartog's notion of regimes of historicity understood as a form of identification and naming different historical-temporal organizations.