O artigo discute a redefinição da "memória" e do "patrimônio" dentro do novo "regime de historicidade" que o Ocidente vive após a Queda do Muro de Berlim (1989). Estas palavras-chave são tratadas como indícios, sintomas, de nossa relação com o tempo, como testemunhas da "crise" da ordem presente do tempo. O problema abordado: um novo regime de historicidade, centrado sobre o presente, estaria se formulando? Para o autor, ocorreu um crescimento rápido da categoria do presente e se impôs a evidência de um presente onipresente, que ele nomeia "presentismo", onde se vive entre a amnésia e a vontade de nada esquecer.
Partindo da questão, premente no século XX, sobre o sentido da história, este artigo perfaz algumas reflexões sobre o atual regime de historicidade e a constituição, vigência e crise da noção de história universal, num momento marcado pelos apelos do global. Sobretudo diante dos eventos extremos do mundo contemporâneo. Há, assim, uma indagação sobre o lugar e o papel da história e dos historiadores frente aos regimes de historicidade que articulam experiências do tempo num âmbito mais abrangente.
O artigo procura circunscrever historicamente uma série de reflexões que a experiência da temporalidade situa para o historiador contemporâneo a partir da proposição da noção de regime de historicidade, especialmente contrapondo sua formulação moderna, estruturada pela idéia de Progresso, à antiga, polarizada pelo topos da historia magistra vitae. This article tries to circunscribe in terms of History a set of reflections about the experience of temporality. For the modern historian this experience derives from the "régime d'historicité" which is structured by the idea of progress in oposition to the ancient "topos" of "historia magistra vitae".
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