2006
DOI: 10.1590/s0104-87752006000200002
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Tempo e patrimônio

Abstract: O artigo discute a redefinição da "memória" e do "patrimônio" dentro do novo "regime de historicidade" que o Ocidente vive após a Queda do Muro de Berlim (1989). Estas palavras-chave são tratadas como indícios, sintomas, de nossa relação com o tempo, como testemunhas da "crise" da ordem presente do tempo. O problema abordado: um novo regime de historicidade, centrado sobre o presente, estaria se formulando? Para o autor, ocorreu um crescimento rápido da categoria do presente e se impôs a evidência de um presen… Show more

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“…Para explicar este momento de reconhecimento e transformação, que tem como pontapé inicial o dossiê organizado por Gurán (2016) e já citado aqui, utilizarei de François Hartog (2006) e seu texto publicado na revista Varia História intitulado "Tempo e Patrimônio". Ao falar de um processo semelhante ao estudado neste ensaio, que ocorreu na França no final do século XX, Hartog pode situar nosso debate dos dias atuais:…”
Section: Considerações Finaisunclassified
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“…Para explicar este momento de reconhecimento e transformação, que tem como pontapé inicial o dossiê organizado por Gurán (2016) e já citado aqui, utilizarei de François Hartog (2006) e seu texto publicado na revista Varia História intitulado "Tempo e Patrimônio". Ao falar de um processo semelhante ao estudado neste ensaio, que ocorreu na França no final do século XX, Hartog pode situar nosso debate dos dias atuais:…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…(HARTOG, 2006, p. 06). Hartog (2006) Dodebei (2015), publicado na revista Musear da Universidade Federal de Ouro Preto. As autoras afirmam que a zona portuária da cidade foi marcada desde a sua ocupação, como um espaço de disputas sociais, econômicas e territoriais.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…O fenômeno da patrimonialização apresentase como um tema muito discutido, e inúmeras argumentações tentam explicar a chamada "compulsão patrimonial" ou "mnemetropismo contemporêaneo" (Candau, 2010, p.43), no qual importa tudo preservar por meio da patrimonialização, como uma espécie de salvamento. Essa inflação memorial-patrimonial tende a ser interpretada sob diferentes pontos de vista; segundo François Hartog (2006), pode ser entendida como um signo do tempo presente, em que o futuro não é mais promessa ou princípio de esperança, ou, ainda, como resultado da combinação de uma série de fatores, como a mundialização relações sociais também em nível cultural, somadas às novas responsabilidades sociais, extensão da educação, regionalização e descentralização com a redescoberta do território e seus atrativos patrimoniais, explosão consumista, também em termos culturais e a cultura do ócio, oriunda de sociedades que superaram algumas necessidades de subsistência (Hernandez, Tresseras, 2007).…”
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“…Cresceu fortemente a tendência de valorização da memória e do passado nas sociedades contemporâneas, principalmente nos grandes centros urbanos onde as questões da diluição das fronteiras ficaram mais centrais, em consequência ao advento das novas tecnologias de deslocamento físico e comunicação. Esse fenômeno da valorização da memória e das tradições é analisado por AndreasHuyssen (2000) e FrançoisHartog (2006), que localizam justamente nos anos 1970/80 o ponto em que o "olhar modernista", ou seja, o olhar que apontava para o futuro, iniciou um movimento de mudança, voltando-se cada vez 70 Imaginários urbanos e a região portuária do Rio de Janeiro: um olhar sobre os processos anteriores à reforma de 2010 Revista Mosaico -Volume 5 -Número 8 -2014…”
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