Todo indivíduo tem direito de aceitar ou recusar propostas de aspecto preventivo, diagnóstico ou terapêutico que tenham potencial de afetar sua capacidade física-psíquica ou social. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo analisar as perspectivas de estudantes de medicina de uma universidade pública sobre o exercício da autonomia dos pacientes durante o cuidado da saúde. Metodologia: O estudo é qualitativo, descritivo e transversal, utilizando-se do Discurso do Sujeito Coletivo. Participaram da pesquisa 58 acadêmicos do curso de medicina sendo a maioria pertencente ao 3º período. Resultados: Sobre o conhecimento da autonomia como princípio da bioética, a maioria afirmou ter conhecimento, assim como, qual documento assegura a autonomia do paciente, afirmando que é o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, quase todos souberam sua obrigatoriedade em procedimentos interventivos. Em casos de diagnóstico de doenças graves, a maioria prefere que seja informado ao paciente. Sobre a formação acadêmica em bioética, todos entenderam como essencial. Conclusão: A bioética, como disciplina encorajadora da humanização e da boa relação médico-paciente, promotora da capacitação profissional e fornecedora, aos futuros médicos, de respaldos legais para exercerem sua profissão, foi julgada, de forma unânime, como essencial na graduação médica. A autonomia, como princípio da bioética, retrata, sob a perspectiva discente, a capacidade de tomada de decisões, liberdade, consolidando um direito do médico e do paciente.