Termografia Infravermelha na Odontologia

Abstract

A termografia infravermelha consiste em um exame de imagem complementar aplicada na avaliação da temperatura corporal com base na emissão de radiação infravermelha através da pele, podendo auxiliar no diagnóstico ou monitoramento das intervenções terapêuticas. Trata-se de uma técnica não ionizante e não invasiva que capta e registra a distribuição térmica da superfície cutânea avaliada por meio das alterações na microcirculação dos pacientes frente a diferentes condições patológicas. Dentre as aplicações na Odontologia, a termografia pode complementar o exame físico anatômico, visto que apresenta em tempo real condições fisiológicas, de acordo com a temperatura. Esta técnica pode auxiliar no diagnóstico e planejamento do tratamento de alterações orofaciais, como processos inflamatórios e infecciosos na região orofacial, acompanhamento pós-cirúrgico e na avaliação rotineira da dor crônica, como em casos de pacientes com DTM. A termografia ainda é pouco utilizada na Odontologia, e protocolos para avaliação de alterações na região de cabeça e pescoço ainda devem ser testados e estabelecidos. Porém, já mostra ser um exame complementar de boa performance na detecção de pontos gatilho da dor, acompanhamento de pacientes de forma não invasiva e como documentação médico-legal.

O uso de termografia clínica como método auxiliar no diagnóstico de Herpes-Zóster: relato de caso / The use of clinical thermography as an auxiliary method in the diagnosis of Herpes-Zoster: case report

“…A termografia infravermelha é um exame complementar muito utilizado para auxiliar diagnósticos e para monitorar intervenções terapêuticas (AMORIM et al, 2018).…”

“…Com ele é possível obtermos informações sobre a extensão de alterações funcionais, nervosas e vasculares (AMORIM et al, 2018), com base na microcirculação presente nas superfícies cutâneas, que se altera diante de condições patológicas. Isso se dá pois a termografia infravermelha tem a capacidade de converter a radiação térmica de ondas eletromagnéticas do infravermelho longo (AMORIM et al, 2018) O quadro clínico de manifestação da doença inicia-se com queimação leve a moderada na pele, sendo frequentemente acompanhada por febre, calafrios, cefaléia e mal estar. Pode evoluir para eritema cutâneo eritematoso maculopapular, e seu estado final se dá com a formação de crostas (PORTELLA et al, 2013).…”

“…As temperaturas cutâneas são visualizadas através de uma imagem digital de alta sensibilidade e qualidade, com escala de cores (branco, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul celeste, azul royal, violeta), que contribui para o entendimento visual do termograma (DUARTE et al, 2020). Locais mais frios, ou seja, com menos vascularização, são representados por cores frias, como os tons de azul e violeta; já as regiões mais vascularizadas, mais quentes, são representadas por cores como branco, vermelho, laranja e amarelo (AMORIM et al, 2018).…”

“…De acordo com a localização geográfica do ambiente onde será realizado o procedimento, é necessária a utilização de ar condicionado com capacidade térmica suficiente. Além disso, é fundamental a utilização de termohigrômetro digital para monitorar a temperatura ambiente e relativa do ar, durante a realização dos exames (AMORIM et al, 2018).…”

“…Não deve tocar, coçar ou esfregar a região que será examinada, e deve retirar adereços metálicos, caso esteja usando (AMORIM et al, 2018).…”