“…• Pesquisas já apontaram que uma única disciplina não é suficiente para preparar o professor para os usos didáticos da HC (MEDEIROS; BEZZERRA-FILHO, 2000;MARTINS, A. 2007); • Ainda há mitos históricos clássicos, pseudo-história e visões ingênuas sobre a ciência em materiais didáticos, na mídia em geral, no senso comum, e no discurso de formadores, professores e estudantes (BALDINATO, 2016;GIL-PEREZ et al, 2001;MARTINS, R. 2006;PAGLIARINI, 2007); • Há pouco material didático pautado em abordagens históricas e epistemológicas em perspectiva diacrônica e crítica, que sejam de fácil acesso aos professores, e mesmo quando são localizados, há uma dificuldade para sua implementação, carência de orientações ou adequação aos diversos contextos educacionais (BORGES, 2016;MARTORANO, 2012;GUERRA, 2016); • Alguns conflitos entre diferentes culturas predominam nos ambientes de formação de professores quanto às concepções sobre as ciências, sua história, sua didática específica e o ensino de seus aspectos epistêmicos e não epistêmicos, ocasionando prejuízo aos processos formativos (FORATO et al, 2011;HOETTECKE;SILVA, 2011;HOLTON, 2003); • As abordagens críticas da HC favorecem a compreensão dos produtos da ciência como constructos humanos, influenciados por questões políticas, econômicas e culturais de contextos específicos. Tal perspectiva apresenta uma ciência não neutra, dinâmica, produtora de certezas provisórias, passíveis de reformulações, de crítica, de contestação e de substituição de teorias por novos conhecimentos (ALLCHIN, 2011;BRUSH, 1974;HABERMAS, 2006;KUHN, 1961).…”