“…Desenvolvida a partir das necessidades sentidas e desafios lançados por um contexto expansivo de informação heteróclita complexa, de conectividades facilitadas pelas tecnologias da informação, e por um decréscimo de interesse dos estudantes pelas áreas das ciências (Kang & Keinonen, 2018), a PG tem vindo, nas últimas décadas, a afirmar-se como um método pedagógico interativo, científico e cooperativo diferenciado que capacita os estudantes a destrinçarem uma miríade de informações contraditórias (Grafstein, 2017), a selecionarem as verdadeiras fontes, a aprofundarem, compreenderem e a argumentarem sobre questões relevantes através de intervenções orientadas e supervisionadas (Kuhlthau, 2010) e a construírem o seu próprio percurso gnosiológico (Kang & Keinonen, 2018). Em 17 estudos que foram conduzidos entre os anos 2000 a 2012 para avaliar os impactos da aplicação da PG na aprendizagem dos estudantes nas suas diferentes dimensões, afetiva, cognitiva e atitudinal, verificaram--se efeitos positivos nas práticas epistémicas ligadas às ciências em geral e às engenharias em especial (van Loon & Lai, 2014), realçando as componentes motivacionais e comportamentais como motores geradores de curiosidade e de conhecimento.…”