A cicatrização de feridas é um problema de saúde pública e, por isso, o processo de reparo tecidual tem merecido atenção de pesquisadores, principalmente no que se refere aos fatores que o retardam ou dificultam. A aplicação de microcorrente em lesões teciduais desempenha papel fundamental no processo de cicatrização sendo capaz de restaurar o fluxo elétrico na região da lesão, além de contribuir para diminuição da contaminação bacteriana. Também a utilização de plantas medicinais como Arnica montana é de grande interesse, pois esta espécie possui a propriedade de acelerar o processo de cicatrização quando utilizada topicamente sobre a região afetada. Neste sentido, o presente estudo visa analisar os efeitos da estimulação com microcorrente associada ou não à aplicação tópica de A. montana em lesões incisionais na pele de ratos. Trinta e seis animais, de 90 dias, com 250g, foram divididos aleatoriamente em (n=3): (C) sem tratamento; (MC) tratado com microcorrente (10 µA/2 min); (A) tratado com aplicação tópica de gel contendo A. montana; (A+MC) tratado com aplicação tópica de gel contendo A. montana + microcorrente (10 µA/2 min).. Amostras foram coletadas dos animais eutanasiados no 2º, 6º e 10º dia após a lesão cirúrgica para análise histomorfométrica: quantificação de infiltrado inflamatório, vasos sanguíneos, fibroblastos e porcentagem da área de colágeno. Para análise estatística foi utilizado ANOVA Two-way e pós-teste de Tukey (média±erro padrão). As terapias combinadas ou não, diminuíram a quantidade de infiltrado inflamatório e aumentaram o número de fibroblastos, colágeno e vasos sanguíneos durante o período experimental. A associação da aplicação de microcorrente e A. montana foi efetiva no reparo tecidual de lesões incisionais na pele do dorso de ratos, controlando a inflamação, favorecendo a fibroplasia, colagênese e angiogênese.