Objetivo: Analisar o impacto da cirurgia bariátrica no escore de risco cardiovascular de Framingham IMC de 10 anos, comparando dados de pré e pós operatórios daqueles pacientes submetidos a gastrectomia vertical e gastroplastia em Y-de-Roux. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional, unicêntrico, executado por coleta de dados de 50 participantes submetidos à cirurgia bariátrica videolaparoscópica, numa instituição privada, entre 2019 e 2021. Após critérios de exclusão, 40 pacientes foram estudados. Foram incluídos aqueles que preencheram os critérios para cálculo do escore de risco de Framingham (RCF) IMC em 10 anos, com análise após 6 e 12 meses. Dados examinados por frequência percentual, testes de Shapiro-Wilks, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Nível de significância admitido foi 5%. Resultados: A taxa de redução do RCF foi de 3,41% no sexo feminino e 7,38% no masculino. A variação do padrão de normalidade do RCF para a idade no pré-cirúrgico foi de 4,9%, após 6 meses e 1 ano reduziu-se para 1,5% e 0,7% respectivamente. Não houve diferença estatística entre os procedimentos. O tratamento específico para comorbidades foi descontinuado em 80% daqueles com diabetes e 85,7% naqueles com hipertensão. Conclusão: Observou-se associação significativa entre a cirurgia bariátrica e a redução do RCF, independente da técnica utilizada.