The Lower Prevalence Of Chronic Diseases Risk Factors In Vegetarian Brazilians Subjects – CARVOS Study

Abstract

Objective: To investigate the association of meat consumption with self-reported chronic diseases (heart disease, hypertension, diabetes (type I or type II) and dyslipidemia), according to demographic, social and anthropometric variables. Methods: This was a cross sectional study, conducted at the Heart Institute, University of São Paulo, with 549 adults (≥ 18 years) who answered a questionnaire to select people for The CARVOS Study (Carotid Atherosclerosis, Aortic Stiffness and Risk Factors in Vegetarians and Omnivorous Subjects). The variables analyzed were: age, gender, education level, meat consumption, self-reported coronary heart disease, hypertension, diabetes (type I or type II) and dyslipidemia, smoking and body mass index (BMI) (kg/m 2). Study subjects were classified as omnivorous (OMN=consumption of meat or fish four or more times/week) (n=228, 41.5 %), semi-vegetarians (SV=consumption of meat or fish 1-3 times/week) (n=97, 17.7%) and vegetarians (VEG=no consumption of meat or fish) (n=224, 40.8%). The differences between mean values was calculated by T-ANOVA test. To test the association between the variables, chi-square test and multiple logistic regression were used (p<0.05; CI = 95%). Results: There was a greater prevalence of smokers among OM than SV and VEG respectively 56.5%, 14% and 29.4 %, p=0.009, and a higher prevalence of overweight (41.7%) in OMN in comparison with SV (29.2%) and VEG (29.0%), p=0.008. Being OM significantly increased the risk of referring hypertension, regardless of sex and age (OR 2.19; CI 95% 1.08-4.46), and was also associated with dyslipidemia, regardless of body mass index, smoking, sex and age (OR 1.78; CI 95% 1.03-3.08). Conclusion: Higher meat consumption was associated with a greater prevalence of risk factors for hypertension and dyslipidemiachronic diseases.

Impactos Da Alimentação Vegetariana Na Saúde Da População Brasileira / Impacts of a Vegetarian Diet on Brazilian Population Health

“…O estudo de Franco- de-Moraes et al (2017) foi o único que distinguiu vegetarianos estritos de ovolactovegetarianos e não encontrou diferença estatística entre eles. Outros dois artigos incluíram na comparação os semivegetarianos, que consomem carne de uma a três vezes na semana (Acosta Navarro et al, 2006;Acosta-Navarro et al, 2015;). No estudo de Acosta Navarro et al (2006) não havia diferença entre o IMC de vegetarianos, semivegetarianos e onívoros, enquanto Acosta-Navarro et al (2015) observaram que em relação aos onívoros, vegetarianos e semivegetarianos tinham menor IMC, mas sem diferença estatística entre eles.…”

“…Outros dois artigos incluíram na comparação os semivegetarianos, que consomem carne de uma a três vezes na semana (Acosta Navarro et al, 2006;Acosta-Navarro et al, 2015;). No estudo de Acosta Navarro et al (2006) não havia diferença entre o IMC de vegetarianos, semivegetarianos e onívoros, enquanto Acosta-Navarro et al (2015) observaram que em relação aos onívoros, vegetarianos e semivegetarianos tinham menor IMC, mas sem diferença estatística entre eles. Nos demais estudos, a maioria dos vegetarianos foi classificada como eutrófica (Quintaes;Amaya-Farfan, 2006;De Bortoli;Cozzolino, 2009;Silveira et al, 2017).…”

“…Como dietas vegetarianas estão associadas a menor IMC, sugere-se que elas poderiam ser úteis na prevenção e tratamento de condições relacionadas ao excesso de peso (Melina;Craig;Levin, 2016). Nesse sentido, a metanálise de Barnard et al (2015) reforça essa possibilidade, pois encontrou que a prescrição de dietas vegetarianas ou vegetarianas estritas foram associadas a uma redução no peso tanto em análises por intenção de tratar quanto em análises mais completas, indicando que a adoção da dieta vegetariana para fins terapêuticos pode ser eficaz e promissora no tratamento do sobrepeso e da obesidade.…”

“…Quando comparados a semivegetarianos, vegetarianos também possuíam menor PA, e semivegetarianos, por sua vez, menor PA que onívoros (Acosta Navarro et al, 2006). Vegetarianos também apresentaram menor prevalência de hipertensão arterial sistêmica (Acosta Navarro et al, 2006;Teixeira et al, 2007) e menor risco de desenvolvê-la, segundo um estudo com análise de regressão multivariada, que mostrou que ser onívoro aumentava em 119% o risco de referir hipertensão, independente de sexo ou idade (Acosta-Navarro et al, 2015).…”

“…Vegetarianos e semivegetarianos apresentaram menor prevalência de hipercolesterolemia (colesterol total >200mg/dL) do que onívoros em estudo de Acosta Navarro e colaboradores (2006). No estudo CARVOS (Carotid Atherosclerosis, Aortic Stiffness and Risk Factors in Subjects Vegetarians and Omnivorous), foi constatada menor prevalência de dislipidemia autorrelatada em homens vegetarianos do que em onívoros (28% vs. 53%, p=0,011), sendo que estes tinham 78% mais chance de reportála (Acosta-Navarro et al, 2015).…”