A partir dos anos 1980, fatores domésticos e sistêmicos contribuíram para que a política externa começasse a incorporar novos atores e temas para além das questões relativas à defesa e à segurança. Nesse contexto, a dimensão subnacional da política externa passou a ganhar cada vez mais importância com a atuação de estados e municípios em busca de um maior protagonismo internacional. Em 2020, com o surto global do coronavírus, essa atuação tem ganhado destaque pela incessante busca de parcerias internacionais para combater a doença, muitas vezes contrariando o governo federal, cuja atuação tem sido marcada pela falta de coordenação e até mesmo pelo conflito entre a União e os entes federativos. De natureza qualitativa, esse artigo utilizará fontes primárias e secundárias a fim de compreender a política externa subnacional voltada para o combate à pandemia.Palavras-chave: Política externa brasileira; paradiplomacia; coronavírus. ABSTRACTSince the 1980s, domestic and systemic factors contributed to the incorporation of new actors and themes in addition to defense and security issues at the foreign policy agenda. In this context, the action of states and municipalities searching for a greater international role result in a growth of importance of the subnational dimension of foreign policy. In 2020, with the global outbreak of coronavirus, this performance has gained prominence due to the subnational governments incessant search for international partnerships to fight the disease, often contradicting the federal government, whose performance has been marked by the lack of coordination and even by the conflict between the Union and federative entities. As a qualitative research, this article will use primary and secondary sources in order to understand the subnational foreign policy aimed at combating the pandemic.Keywords: Brazilian foreign policy; paradiplomacy; coronavirus. Recebido em: 01 abr. 2021 | Aceito em: 20 mai. 2021.