Este artigo tem como objetivo revisitar a metodologia empregada por Durham (1901) para descrever a origem das orações substantivas de subjuntivo, a partir do latim de Plauto. Seu objetivo era encontrar exemplares plautinos que pudessem figurar um suposto estágio paratático da língua, do qual teria surgido a hipotaxe em latim. Sendo sua metodologia pouco detalhada e precisa, visou-se aprofundá-la e especificá-la, utilizando instrumental de teorias linguísticas não disponíveis à época, notadamente os conceitos de enunciação, atos de fala e teoria pragmática no geral. Concluiu-se que algumas condições de “harmonização” entre dois verbos paratáticos precisariam ser cumpridas para que o expediente de Durham fosse executado, a fim de se explicar como dois verbos em parataxe podem ser reanalisados em hipotaxe. O artigo segue com algum criticismo sobre o pressuposto de um estágio paratático do latim, algo fundamental à teoria dele. Por fim, uma brevíssima exposição de outra possível abordagem sobre o conjunto de dados por ele recolhido é apresentada, uma visão sincrônica, quantitativa e distribucional.