“…Esse tipo de fonte oficial, que condiciona a ocorrência de um tipo de matéria, inevitavelmente sobredeterminada pela "versão oficial" (HALL, 1978), está presente em todo o jornalismo, mas no de tipo policial ela é a tônica. Comuns a todos esses programas, combinados de diversas formas, estão elementos como o comentário indignado sobre as notícias, a abertura para "denúncias" de telespectadores, o tratamento da vida de celebridades, o humor considerado bufão pelo jornalismo culturalmente dominante, a exibição de imagens das cenas dos crimes e, permeando tudo isso, o moralismo no tratamento das ações "transgressoras", sejam estas os atos criminosos propriamente ditos, sejam os comportamentos de celebridades, ou mesmo o julgamento de ações do poder público tidas por imorais.…”