“…As dificuldades contemporâneas de descriminalizar o aborto onde ele ainda é considerado ilegal decorrem do crescente movimento fundamentalista neoconservador pró-família, sustentado por discursos movidos por princípios morais e religiosos (Machado, 2017). Na Argentina, a Igreja Católica promove ataques a eventos que possuem como pautas o aborto seguro e outras pertinentes as mulheres, visando a fragilizar o movimento feminista (Tarducci, 2017). No Brasil, de 2000 a 2015, foram registradas cerca de 32 proposições de parlamentares ligadas a Igrejas Evangélicas que buscavam aumentar o tempo de punição para quem praticasse o aborto (Mariano, 2017), sendo que, em 2005, foi apresentado ao poder Legislativo um único projeto de lei a favor da legalização da interrupção da gravidez.…”