Faz-se necessário compreender a precariedade no Sul Global e aprender com as pedagogias críticas afetivas (PCA) para buscar formas inclusivas, justas e equitativas de educação física. O objetivo deste artigo é explorar o que aprendemos quando desenvolvemos PCA em contextos precários no Brasil. Com base na perspectiva freiriana e na PCA, discutimos dois estudos de caso de nossas experiências em áreas de vulnerabilidade social com estudantes de Educação Física, e mulheres em um programa público de promoção da saúde. Nossos estudos de caso nos ensinaram a relevância da PCA na vida das pessoas, em termos da necessidade de diálogo, importância da solidariedade, poder da esperança e imaginação, possibilidade de humanização, poder do vínculo e realização de benefícios por meio de pequenas vitórias. No Sul Global, concluímos que a humanização é central para a construção de um processo coletivo de superação dos efeitos da precariedade.