Nas duas últimas décadas, as pessoas passaram a estar mais conectadas remotamente, transferindo para o mundo virtual atividades que, anteriormente, só ocorriam de forma presencial. Esta transição do real para o virtual vem mudando o cenário da comunicação interpessoal, dando lugar a formas mais imersivas de interação. Esta pesquisa teve como foco investigar, através da perspectiva do Design, como os elementos através dos quais os usuários conseguem se representar e interagir em ambientes virtuais contribuem na formação de espaços seguros para a população LGBTQUIAP+. Buscou-se, ainda, demonstrar como essas mesmas representações de uma "corporeidade virtual" são utilizadas em aplicativos de Realidade Virtual Social (Social Virtual Reality), plataformas que se caracterizam como o encontro entre as redes sociais, a telepresença e a realidade virtual. As etapas da pesquisa incluíram a análise e o desenvolvimento de uma taxonomia das principais plataformas de Realidade Virtual Social, bem como entrevistas com participantes queer em um ambiente virtual desenvolvido para esta pesquisa. Os resultados da pesquisa sugerem que os ambientes virtuais sociais atuam como facilitadores de performatividades individuais e coletivas para a população LGBTQUIAP+.