Transmissão de begomovírus de plantas daninhas para tomateiros pela mosca-branca

Abstract

Dentre numerosas enfermidades do tomateiro (Lycopersicon esculentum), destacam-se as viroses causadas por begomovírus, os quais são transmitidos pelo vetor Bemisia tabaci biótipo B. Na Chapada da Ibiapaba-CE, os begomovírus têm sido encontrados em várias áreas onde o tomateiro é cultivado, causando sérios danos à produção. Este trabalho teve por objetivos investigar a transmissão de begomovírus a partir de tomateiros infectados para plantas daninhas e verificar seu retorno das plantas daninhas para o tomateiro. Mudas sadias de tomateiro 'Santa Clara' e das plantas daninhas bredo-de-espinho (Amaranthus spinosus), caruru-de-mancha (Amaranthus viridis), mentrasto (Ageratum conyzoides) e picão-preto (Bidens pilosa) foram submetidas à inoculação por dois métodos: com o inseto vetor e por enxertia. Após 15 dias, realizou-se a extração do DNA de amostras foliares dos tomateiros e das espécies daninhas inoculadas. A PCR realizada com oligonucleotídeos degenerados e específicos para begomovírus revelou que na transmissão com o vetor as quatro espécies de plantas daninhas foram infectadas com o begomovírus do tomateiro, enquanto que, por enxertia, apenas o picão-preto foi infectado. O retorno do vírus das plantas daninhas para o tomateiro foi também observado nos dois casos. Percentuais de 70, 50, 20 e 12,5% de transmissão para os tomateiros ocorreram quando o vetor adquiriu o vírus em mentrasto, bredo-de-espinho, picão-preto e caruru-de-mancha, respectivamente. Na enxertia, a transmissão viral para os tomateiros ocorreu apenas quando se empregaram seções de bredo-de-espinho e de picão-preto infectados. As espécies daninhas investigadas demonstraram ser hospedeiras alternativas do begomovírus de tomate da região e, em condiçõs de campo e na presença do vetor, podem constituir importantes fontes do begomovírus para a hortaliça.

Plantas hospedantes de Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemíptera: Aleyrodidae), en áreas colindantes al cultivo de tomate, en la región este de Panamá

“…(Malvaceae), J. gossypifolia L. y Jatropha urens L. (Euphorbiaceae), Physalis angulata L. y Solanum torvum Sw. (Solanaceae), fueron las especies más representativas de las plantas hospedantes de B. tabaci (Tabla 1). La incidencia de las fases inmaduras de B. tabaci en este complejo de especies vegetales y su capacidad de transmisión de begomovirus en el cultivo de tomate, confirmaron la relevancia de esta interacción biótica (Bezerra et al, 2004;Silva et al, 2010). Estudios realizados por Morales (2006), reafirmaron la diseminación de begomovirus transmitida por B. tabaci, mediante la alimentación de Malva sp.…”

“…Diversas especies de malezas, entre estas Jatropha gossypifolia L. y Sida rhombifolia L., se consideran hospedantes de begomovirus (Morales, 2006). De igual forma, en áreas próximas a parcelas de producción de tomate, se han registrado especies vegetales como Amaranthus spinosus L., Amaranthus viridis L., Ageratum conyzoides L. y Bidens pilosa L., que hospedan y favorecen la diseminación de begomovirus, en presencia de B. tabaci (Silva et al, 2010). Este estudio proporciona las bases para el manejo de este agroecosistema, a partir del reporte del complejo de especies de plantas, consideradas hospedantes de B. tabaci con capacidad de diseminación de begomovirus, en la región este de Panamá.…”

Evaluation of Datura stramonium and Nicandra physaloides as reservoirs of tomato severe rugose virus and whiteflies

“…Additionally, another technique adopted in order to reduce the inoculum source of ToSRV is to establish a crop‐free period (Salati et al , ). Ideally, when reducing the tomato cultivation, the virus presence in the field will also be reduced, as tomato is considered to be the main inoculum source, although weed plants have also been reported to be infected with ToSRV (Silva et al , ; Barreto et al , ; Inoue‐Nagata et al , ). Our data support this statement, suggesting that weeds are very important in ToSRV epidemiology, not only functioning as virus reservoirs, but also increasing the MEAM1 population.…”

Interação vírus/vetor para pulgões (Hemiptera: Aphididae) e mosca-branca (Hemiptera: Aleyrodidae)

“…Considera-se como vetor o organismo que durante seu processo natural de alimentação demonstre a capacidade de adquirir o vírus em uma planta infectada e durante a alimentação subsequente possa de inoculá-lo em uma planta sadia. (Silva et al, 2010). Para sobrevi-ver, os vírus que infectam as plantas devem ter um meio eficiente de passar de um hospedeiro para outro.…”