Formados por uma categoria profissional diversificada e numerosa, os trabalhadores da área da saúde são expostos a riscos ocupacionais advindos de jornadas de trabalho prolongadas, alto nível de estresse e privação do sono. Tais condições de trabalho influenciam também na saúde e qualidade de vida dos profissionais inseridos em programas de residência multiprofissional. Sendo assim, objetiva-se analisar as evidências científicas acerca da saúde dos residentes multiprofissionais em saúde. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada em setembro de 2021 nas bases de dados LILACS, SCOPUS e MEDLINE, a partir da análise de artigos publicados entre 2005 à 2021. Foram utilizados os seguintes descritores: internato e residência, internato não médico, saúde do trabalhador e saúde. Foram incluídos 12 estudos que evidenciaram a prevalência de residentes do sexo feminino, com a faixa etária entre 20 e 30 anos, solteiros, sem filhos e que se inseriram nos programas de residência entre um ou dois anos após a conclusão do curso de graduação. Em relação à saúde dos residentes, os estudos revelam prevalência de ansiedade, estresse e depressão, diminuição da qualidade do sono e da qualidade de vida. Embora seja considerada a melhor forma de qualificação profissional, o período de formação da residência multiprofissional caracteriza-se como um momento que acarreta demasiado desgaste físico e emocional. Nesta perspectiva, a residência pode elevar o risco de problemas de saúde que condicionam a qualidade de vida dos residentes, o que requer o desenvolvimento de ações que promovam a sua saúde.