Transtornos mentais em adolescentes, jovens e adultos do Consórcio de Coortes de Nascimento brasileiras RPS (Ribeirão Preto, Pelotas e São Luís)

Abstract

Resumo: Embora se reconheça que depressão e ansiedade resultem em incapacidades, bem como em prejuízos laborais e para os sistemas de saúde, pesquisas de base populacional são escassas no Brasil. Este estudo avaliou a prevalência de transtornos mentais em adolescentes, jovens e adultos e sua relação com características sociodemográficas em cinco coortes de nascimento (RPS): Ribeirão Preto (São Paulo), Pelotas (Rio Grande do Sul) e São Luís (Maranhão), Brasil. Episódio depressivo, risco de suicídio, fobia social e transtorno de ansiedade generalizada foram avaliados usando-se o Mini International Neuropsychiatric Interview. Intervalos de confiança bootstrap foram estimados e prevalências estratificadas por sexo e nível socioeconômico no programa R. Foram incluídos 12.350 participantes das coortes. Episódio depressivo maior atual foi mais prevalente em adolescentes de São Luís (15,8%; IC95%: 14,8-16,8) e nos adultos de Ribeirão Preto (12,9%; IC95%: 12,0-13,9). As maiores prevalências para risco de suicídio ocorreram nos adultos de Ribeirão Preto (13,7%; IC95%:12,7-14,7), fobia social e ansiedade generalizada nos jovens de Pelotas com 7% (IC95%: 6,3-7,7) e 16,5% (IC95%: 15,4-17,5), respectivamente. As menores prevalências de risco de suicídio ocorreram nos jovens de Pelotas (8,8%; IC95%: 8,0-9,6), fobia social nos jovens de Ribeirão Preto (1,8%; IC95%: 1,5-2,2) e ansiedade generalizada nos adolescentes de São Luís (3,5%; IC95%: 3,0-4,0). Em geral, os transtornos mentais foram mais prevalentes nas mulheres e naqueles com menor nível socioeconômico, independentemente do centro e idade, reforçando a necessidade de maior investimento em saúde mental no Brasil, sem desconsiderar determinantes de gênero e socioeconômicos.

Fatores de risco associados a sintomas depressivos em adolescentes de um município de pequeno porte

“…Segundo La Maison, (2018), a ansiedade, expressa no início da vida, é seguida pela depressão na idade adulta, e para Jatobá e Bastos (2007), 40% dos transtornos depressivos em adolescentes associam-se ao transtorno de ansiedade. Orellana, et al (2020), elucidam que a ocorrência de transtornos de ansiedade e depressão costuma estar associada à maior gravidade desses Research, Society and Development, v. 10, n. 4, e49210414315, 2021 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i4.14315 quadros, menor resposta ou abandono do tratamento, além de oferecerem risco adicional de suicídio, e que em geral, os transtornos de ansiedade apresentam prevalência notadamente superior nas mulheres, independentemente do local e da idade, como também observado por este estudo.…”

Efeito da Terapia Comunitária Integrativa sobre os sintomas de ansiedade em adolescentes no contexto escolar

“…No Canadá foi observado um aumento na prevalência anual de distúrbios de humor e de ansiedade entre os jovens e essas tendências foram mais evidentes para mulheres (Wiens et al, 2020). O sexo feminino está associado a transtorno de ansiedade e as meninas apresentam maiores chances para desenvolvê-lo em comparação aos meninos (Madasu et al, 2019;Orellana et al, 2020).…”

Sofrimento psíquico entre os profissionais de enfermagem durante a pandemia da COVID-19: Scoping Review

“…54 In this context, it is worth mentioning that several notes had already been made regarding the importance of the mental health of health professionals, 54 mainly of the Nursing team, 4 which represents the backbone of any health service. 63 Although the promotion of mental health is one of the global priorities on the agenda of the Sustainable Millennium Development Goals, 64 little Psychological distress, Nursing and the COVID-19 pandemic Miranda FBG, Yamamura M, Pereira SS, Pereira CS, Protti-Zanatta ST, Costa MK, Zerbetto SR has been invested in strategies to identify psychosocial needs and situations of emotional vulnerability in the health professionals. Generally, the physical health of these professionals has been the main focus of attention, surveillance and intervention.…”

“…54 Particularly in Brazil, most health services do not have experience of working in major emergencies, as is the case with COVID-19, which represents an additional stressor for the teams. 6 Thus, there is a strong need for strategies to support this category of workers, since mental health, in addition to being part of the sustainable development goals of the millennium, 64 also articulates with the goal of the 2030 agenda, which foresees the need for nine million nurses and midwives to achieve universal health coverage. 63 Before the advent of the COVID-19 pandemic, Brazil had signs of exhaustion by the Nursing team, as the literature found that nearly 56% of these professionals fell ill in the last 12 months, had accidents at work, and approximately 180,000 professionals in the last year feel unassisted.…”