Introdução: Os tumores cerebrais são lesões expansivas que ocupam espaço dentro da caixa craniana e produzem um efeito de massa, comprimindo as estruturas adjacentes ou infiltrando o tecido cerebral. Objetivo: Identificar o perfil sociodemográfico, clínico e desfecho dos pacientes submetidos à neurocirurgia para ressecção de tumores cerebrais primários e secundários. Método: Foi realizada uma pesquisa retrospectiva, descritiva e com análise quantitativa dos dados. Analisados prontuários de pacientes com idade superior a 18 anos, submetidos à neurocirurgia no ano de 2017, para ressecção de tumores cerebrais primários e secundários. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, sob CAAE: 81461417.9.0000.5479. Resultados: A amostra foi constituída por 93 prontuários de pacientes, com predomínio do sexo feminino, na faixa etária de 29 a 39 anos, de cor branca, com ensino médio, casados, sedentários, hipertensos, e com os hábitos de etilismo e tabagismo. Permaneceram hospitalizados por até sete dias e na unidade de terapia intensiva por dois dias. Apresentavam tumores primários, localizados em região supratentorial e de etiologia benigna. A ressonância magnética foi o exame de imagem mais realizado, sendo que a maioria não apresentou intercorrências cirúrgicas, não realizou tratamento de quimioterapia ou radioterapia prévio à cirurgia e evoluíram com alta hospitalar. As manifestações mais apresentadas foram déficit motor, cefaleia, alterações cognitivas, visuais, de comportamento e de linguagem. Utilizaram dispositivos invasivos como cateteres vasculares, vesicais, nasoenterais, drenos e derivações. A maioria apresentou um Índice de Escala de Desempenho de Karnofsky na entrada de 80% e na saída de 90%, uma pontuação de 1 na Escala de Rankin, não evoluiu com complicações sistêmicas ou regionais e apresentaram uma escala de coma de Glasgow na saída hospitalar de 13 a 15 pontos. Conclusões: Conhecer o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes submetidos à neurocirurgia para ressecção de tumores cerebrais é importante para atuar em prevenção dos fatores de risco, prevenção das complicações, melhorando os cuidados assistenciais e a qualidade de vida dos pacientes.