Apesar das fraturas faciais em pacientes pediátricos se mostrarem pouco comuns devido à elasticidade óssea, a mandíbula possui uma grande prevalência nos traumas pediátricos. Sistemas de fixação metálicos convencionalmente são usados como tratamento de fraturas mandibulares. Todavia, suas aplicações vêm sendo questionadas neste perfil de paciente por apresentarem desvantagens como limitação no crescimento mandibular, potencial de causar infecções e possível necessidade de um segundo procedimento cirúrgico para sua remoção. O presente estudo tem como objetivo conhecer as particularidades da mandíbula pediátrica, entender o funcionamento das placas bioabsorvíveis e debater os pontos positivos e negativos do seu uso no tratamento das fraturas mandibulares. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa realizada por meio de uma vasta pesquisa em livros, monografias e artigos científicos dos últimos 10 anos, nas bases de dados PubMed, MEDLINE e Google Acadêmico, no modo “pesquisa avançada”, utilizando os seguintes descritores na língua portuguesa e inglesa: “Fraturas mandibulares”, “Fixação interna de fraturas” e “Pediatria”. O advento dos sistemas de fixação bioabsorvível denota vários benefícios quanto a sua aplicação no tratamento de fraturas mandibulares em pacientes pediátricos, devido as suas propriedades que permitem a reabsorção no sistema de fixação na medida em que o reparo ósseo for estabelecido. Foi possível considerar que o uso de fixação bioabsorvível como tratamento de fraturas mandibulares em crianças mostra-se como uma alternativa viável, apresentando benefícios por não comprometer o crescimento mandibular, reforçando a importância da realização de pesquisas futuras com finalidade de obter maiores níveis de evidência científica.