Treinamento musical e habilidades do processamento auditivo em crianças: revisão sistemática

Abstract

RESUMO Objetivo Verificar a contribuição do treinamento musical nas habilidades do processamento auditivo em crianças. Estratégia de pesquisa Realizou-se uma busca no mês de agosto de 2018, usando os descritores Music, Child, Childhood, Children, Evoked Potentials, Auditory, Auditory Perception, Auditory Processing, utilizando o operador AND. Critérios de seleção Como questão norteadora, adotou-se a seguinte pergunta: “o que existe na literatura científica sobre a contribuição do treinamento musical nas habilidades de processamento auditivo em crianças?” Após, foram selecionados somente ensaios clínicos controlados na população infantil, estudos publicados em inglês, português e espanhol. Resultados A estratégia de busca resultou na seleção de dez artigos. Os estudos evidenciaram diversas habilidades testadas e diferentes formas de avaliação. Conclusão Com base nos achados, pode-se concluir que o treinamento musical melhora e aprimora as habilidades de processamento auditivo, de forma que quanto maior o tempo de treinamento, mais essas habilidades são reforçadas. Dessa forma, o treinamento musical mostra-se um método eficaz e com potencialidade para ser utilizado em crianças, tanto no período de desenvolvimento da comunicação oral e escrita, para auxiliar a aquisição das habilidades auditivas, como após a aquisição afim de aprimorá-las.

Creative Music Therapy and Neurodevelopmental Outcomes in Pre-term Infants at 2 Years: A Randomized Controlled Pilot Trial

“…Observed correlations are aligned with the assumption that music and language processing activate similar networks (48). Researchers have posited the capacity to receive, comprehend, and discriminate sound stimuli depends on the hearer's prior hearing experiences (49,50).…”

Evaluation of Auditory Stream Segregation in Musicians and Nonmusicians

“… 20 21 Speech cues in adverse listening situations are better extracted by musicians compared with nonmusician peers as these benefits are extended into real-world perception and auditory scene analysis. 21 22 23 It had been postulated by Soderquist 24 that musicians have narrower auditory filters compared with naive listeners; this was empirically validated only by Bidelman et al 25 The higher performance of musicians in perceiving changes in spectral timbre and speech perception in degraded situations could be attributed to their sharper tuning curves. 26 These could be the possible reasons for improved stream segregation abilities in musicians compared with nonmusicians.…”

Achados clínicos fonoaudiológicos em adolescente com diabetes melittus tipo I: relato de caso

“…A área auditiva primária do córtex auditivo é responsável pela identificação das características dos sons individualmente, bem como pela localização destes. A área auditiva secundária do córtex auditivo é responsável pela integração destes sons individuais, agrupando-os em blocos musicais, gerando harmonia, melodia e ritmo [27][28][29] . A área auditiva terciária do córtex auditivo é responsável por integrar os blocos em grupos maiores formando os conceitos musicais, criando interpretação, hierarquização e organização temporal.…”

“…A área auditiva terciária do córtex auditivo é responsável por integrar os blocos em grupos maiores formando os conceitos musicais, criando interpretação, hierarquização e organização temporal. Desta maneira, a composição musical fica gravada na memória [27][28][29] .…”

“…As atividades musicais ativam o córtex auditivo dos dois hemisférios cerebrais, estimulando as habilidades auditivas bilateralmente, proporcionando a integração binaural e a coordenação motora 27 . Como movimentos estavam compondo as atividades musicais da terapia de processamento auditivo, pode-se dizer que estas atividades proporcionam um treinamento auditivo eficaz e divertido aos clientes 29 .…”