A classificação das espécies em guildas tróficas tem sido amplamente utilizada em estudos sobre interações ecológicas. No entanto, o grande número de definições utilizado e a sobreposição de termos têm dificultado a padronização das mesmas para peixes exploradores de fundo. Neste contexto, o presente estudo objetivou quantificar, cienciometricamente, a produção científica envolvendo espécies de peixes exploradores de fundo e as guildas tróficas nas quais elas são classificadas, discutindo, ainda, as definições empregadas. Para tanto, utilizou-se as bases Web of Knowledge e Scopus na análise de publicações quanto a guilda trófica, ano de publicação, país de origem do autor, clima, periódico de publicação, abordagem utilizada, assunto tratado e as definições para as referidas guildas. Constatou incremento no número de publicações a partir de 1990. As regiões com maior número de publicações foram as de clima Tropical e Temperado, com destaque para Estados Unidos, Brasil e Holanda em número de trabalhos publicados. As investigações, principalmente observacionais, foram desenvolvidas, em ambientes de água doce, com foco aos estudos de dieta. Evidenciou-se a ocorrência de diferentes definições para as guildas tróficas dos peixes exploradores de fundo, sendo que os critérios de classificação se basearam, principalmente, no item alimentar e local de alimentação. Em relação aos invertívoros e bentófagos, muitas publicações trazem apenas um dos termos, e o critério de classificação e a descrição dos itens alimentares em ambas as guildas muitas vezes se sobrepõe. O uso da expressão "explorador de fundo" pode ser utilizado quando o objetivo for apenas descrever o local de alimentação dos peixes. Enquanto os termos detritívoro, bentófago, iliófago, invertívoro e comedor de sedimento devem ser utilizados quando referem se especificamente a dieta dos peixes. Palavras-chave: bentófagos; classificação trófica; detritívoros; iliófagos; invertívoros.