Variable Number Agreement in Brazilian Portuguese: An Overview

Abstract

This survey article presents an overview of studies on variable number agreement in Brazilian Portuguese, regarding the variable usage of explicit and zero plural markers in both noun and verb phrases. Being among the most widely studied phenomena in sociolinguistics, NP and SV agreement studies provide a consistent picture of their social and linguistic embedding across multiple speech communities and have contributed to the debate on the outcomes of language contact, to the description of general constraints on natural languages (such as the effect of parallelism), as well as to discussions on linguistic prejudice outside of academia. This article summarizes the most relevant and recurrent constraints found for these variables and highlights their wider implications for language theory and for the social role of linguistics.

Efeitos de distância linear e marcação no processamento da concordância verbal variável no PB / Linear distance and markedness effects in variable subject-verb agreement processing in BP

“…Desde os anos de 1970, estudos descritivos conduzidos no âmbito da Sociolinguística Variacionista têm apontado de forma sistemática que a realização da concordância de número no PB constitui um fenômeno variável (LEMLE; NARO, 1977;NICOLAU, 1984;GRACIOSA, 1991;NARO;, 1998a, 1998bVIEIRA, 2012;VIEIRA, 2015;MENDES;OUSHIRO;. Duas regras gerais de realização da concordância de número podem ser identificadas na língua: (i) marcação morfologicamente redundante, com reiteração da informação de plural em todos os itens relevantes envolvidos; (ii) marcação morfologicamente não redundante, que no caso da relação entre sujeito e verbo, seria obrigatoriamente codificada no sujeito, podendo ser omitida no verbo.…”

Infinitivo flexionado em português brasileiro: frequência e percepções sociolinguísticas

“…No que diz respeito especificamenteà variação na concordância verbal, tem se mostrado uma variável significativa a posição do sujeito: a marcação do pluralé fortemente favorecida com sujeitos imediatamente precedentes ao verbo, levemente desfavorecida com sujeitos precedentes distantes, e fortemente desfavorecida quando os sujeitos aparecem pospostos ao verbo (Brandão & Vieira, 2012;Mendes & Oushiro, 2015;Naro & Scherre, 2013;Oushiro, 2015;Rubio & Gonçalves, 2012). Tais resultados são interessantes para o estudo do emprego variável da marcal de plural no infinitivo (INFflex) na medida em que se contrapõemà ideia de que, em casos de correferencialidade, a distância entre o infinitivo e seu sujeito favorece o emprego da flexão, como entendem Vanderschueren (2013); Vanderschueren & de Cuypere (2014); Vanderschueren & Diependaele (2013); Vesterinen (2006).…”

“…Para testar a hipótese de que valores positivos estariam associando-se a INFflex, realizou-se um experimento de percepção sociolinguística com a técnica de estímulos pareados 1 (Lambert et al 1960;Campbell-Kibler 2006, Mendes & Oushiro, Oushiro 2015, Mendes 2016. O experimento consistiu da apresentação de estímulos auditivos a participantes que, depois de ouvir cada um deles, responderam a um questionário a respeito de suas impressões sobre os falantes.…”

“…Tomando como objeto o emprego variável da flexão do infinitivo (INF) no português brasileiro (PB), este estudo tem dois interesses centrais: (i) analisar se o emprego da forma flexionada (INFflex) está aumentando nos três contextos sintáticos opcionais "originais" (Bossaglia, 2013a) -orações adverbiais, complementos oracionais de nomes e complementos oracionais de adjetivose (ii) investigar se valores sociais positivos, tais como o prestígio geralmente associadoà concordância verbal em PB (Mendes & Oushiro, 2015;Naro & Scherre, 1991;Rubio & Gonçalves, 2012;Scherre & Naro, 2014, 2006, estariam sendo atribuídos a INFflex.…”

“…Além do interesse na produção acadêmica, este estudo investiga, por meio de um experimento de percepção sociolinguística, se falantes são percebidos como "mais inteligentes", "mais escolarizados" e "mais formais" quando empregam INFflex. Busca-se, por meio desse estudo de percepção, testar a hipótese de que valores sociais positivos, tais como o prestígio geralmente associadoà concordância verbal em PB (Mendes & Oushiro, 2015;Naro & Scherre, 1991;Scherre & Naro, 2014, 2006, estariam sendo atribuídos a INFflex, hipótese já aventada em Canever (2012). Esta tese, portanto, tem dois interesses centrais (i) analisar quantitativamente o emprego de INFflex em contextos opcionais na escrita padrão entre os anos de 1995 e 2014, e (ii) investigar se significados sociais positivos são associados a INFflex.…”