Via de parto: influência no teor de gorduras do colostro de nutrizes em maternidade do interior do Estado de São Paulo

Abstract

Objetivo: comparar o teor de gorduras do colostro em nutrizes com a via de parto e descrever as características gestacionais. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídas nutrizes que tiveram parto vaginal ou cesárea, atendidas em uma maternidade de Presidente Prudente de dezembro de 2017 a abril de 2018. A coleta foi realizada por ordenha manual entre 48 e 72 horas após o parto para a dosagem de gorduras pela técnica do crematócrito. Dados pessoais, comportamentais, obstétricos/ gestacionais foram coletados seguindo protocolo estabelecido para o estudo e análise dos prontuários médicos. Todas as nutrizes foram informadas quanto à finalidade da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se teste t, ou teste Z ou teste de Mann-Whitney. Para todos os testes o nível de significância adotado foi de 5%. Foram descritos características sócios demográficos como idade materna estatisticamente inferior nas nutrizes que vivenciaram o parto vaginal (p<0,005), gestacionais e obstétricas e resultados perinatais dos recém-nascidos (RN) de parto vaginal e cesárea. A via de parto vaginal ou cesárea não influenciaram na composição do teor de gorduras do colostro.

Influência da violência perpetrada por parceiro íntimo na prática do aleitamento materno

“…No entanto, mulheres com histórico de violência apresentaram significativamente mais sintomas de depressão do que aquelas sem, sendo que elas amamentaram de forma significativa e exclusiva em menor grau do que as que possuíam menos sintomas da doença. Ainda nesse sentido, James et al, 2020 alertam para o aspecto socio-econômico do problema ao discutirem que as mulheres entrevistadas em seu estudo em geral apresentavam idade materna avançada, alto nível de escolaridade, renda mais alta e eram predominantemente casadas (Campos et al, 2021). A prevalência de VPI, portanto, poderia estar subestimada, já que a violência doméstica durante a gravidez é significativamente mais prevalente em mulheres com baixa escolaridade (James et al, 2020).…”

Idade materna e associação com intercorrências na gestação e parto

“…Os riscos e intercorrências na gestação nos extremos da vida reprodutiva da mulher estão descritos na literatura como possíveis problemas na saúde materna e neonatal. Fatores de risco maternos, tais como condições sócias demográficas desfavoráveis, idade materna menor que 15 e maior que 35 anos, baixa escolaridade, transtorno mental, situações afetivas conflituosas, exposição indevida ou acidental a agentes tóxicos e teratogênicos, hábito tabagista, etilismo e contato com drogas ilícitas podem influenciar as condições fetais e neonatais, aumentar a morbimortalidade materna e as possibilidades de intervenções relacionadas ao tipo de parto (Oliveira & Costa, 2013, Campos et al, 2021.…”

“…Quando a gestação ocorre entre as mais jovens, determina, além de repercussões socioeconômicas e afetivas, como a interrupção dos estudos, depressão pós-parto, repetidas gravidezes, abandono pelo companheiro; a menor taxa de aleitamento materno; maior incidência de prematuridade, baixo peso ao nascer, falta de oxigênio no nascimento e também óbito materno e neonatal. Portanto, a maternidade na adolescência pode contribuir para o desenvolvimento de problemas sociais e de saúde da criança , Campos et al, 2021.…”