RESUMO Atualmente, os ensaios ecotoxicológicos têm sido utilizados como uma importante ferramenta na avaliação da qualidade ambiental. Com objetivo de destacar o uso de organismos nativos em ensaios crônicos de curta duração, este estudo avaliou o potencial do copépodo Acartia tonsa em ensaios de reprodução. Ensaios semi-estáticos foram realizados expondo organismos adultos às concentrações de 0,5; 0,75; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5 mg.L-1 de sulfato de zinco (ZnSO 4 .7H 2 O). A produção de ovos por fêmea foi quantificada em 48 horas, obtendo a CE 50 de 2,05 mg.L-1 de sulfato de zinco (IC 95% = 1,77-2,20 mg.L-1). Ensaios agudos foram realizados concomitantemente, expondo os organismos as concentrações de 2,5; 5,0; 7,5; 10; 12,5 e 15 mg.L-1 de ZnSO 4 .7H 2 O. Em comparação aos efeitos agudos, o ensaio crônico obteve CE 50 cerca de 1,9 vezes menor que a concentração letal (CL 50 de 3,80 mg.L-1). A resposta de sensibilidade foi cerca de 3 a 4 vezes menor que os demais ensaios reportados na literatura. Desta forma, estudos complementares são necessários para estabelecer as condições ótimas de exposição e verificar a possibilidade de efeitos subletais mais sensíveis. Palavras-chave: Acartia tonsa, ensaio de toxicidade crônica, ecotoxicologia, produção de ovos, sulfato de zinco.