A violência contra a mulher é um paradigma social e de saúde pública em proporções epidêmicas no Brasil. Esta apresenta-se nas relações sociais entre homens e mulheres consoante construções sociais de papéis masculinos e femininos. Nessas relações, o poder masculino é hegemônico, conferindo as mulheres uma posição subalterna. Assim, essas diferenças atribuídas aos gêneros geram e perpetuam a violência contra as mulheres. Este problema não pode ser manejado como se fora restrito a alguns segmentos, uma vez que entremeia toda a sociedade. Este artigo objetiva realizar uma revisão sistemática da literatura quanto a abordagem da mulher em situação de violência na Estratégia de Saúde da Família. Artigos publicados entre 2014 e 2019 e indexados no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) foram selecionados para este trabalho de revisão. A estratégia de busca utilizada foi a partir das palavras-chave: “Violência”, “Estratégia de saúde da família” e “Mulheres”, sendo incluídos, também, os seguintes limites: artigos em português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra. Em seguida, os trabalhos foram submetidos a três testes de relevância compostos por perguntas objetivas que avaliavam e quantificavam as relações existentes entre os critérios de busca e os trabalhos encontrados, analisando a relação do artigo com os objetivos propostos pela pesquisa consoante o protocolo PRISMA para revisões sistemáticas.