2015
DOI: 10.4322/0104-4931.ctoao0622
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Violência obstétrica: ativismo nas redes sociais

Abstract: Resumo: Discute-se o parto normal na contemporaneidade e apresentam-se os três modelos de assistência obstétrica, a partir de categorização proposta pela antropóloga norte-americana Davis-Floyd, apontando-se as consequências do modelo tecnocrático que se tornou hegemônico nas sociedades contemporâneas e que naturalizou a violência obstétrica. Contextualiza-se a problemática à realidade brasileira, evidenciando-se, a partir da análise do blog Cientista que virou mãe, o movimento que se articula entre mulheres b… Show more

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“…A análise dos dados aponta que o maior número de grupos que abordam a temática de violência obstétrica no Facebook são privados, o que pode ser entendido como forma de proteção e garantia de coesão entre os interesses de seus participantes. No Brasil ainda são incipientes as discussões sobre violência obstétrica, por essa razão as mesmas estão sendo mobilizadas pelo uso de estratégias de ciberativismo, em que as ativistas pela humanização do parto formam uma esfera pública única, mais visível e com maior probabilidade de desafiar o discurso dominante (14), do conhecimento médico hegemônico, em que as práticas violentas e agressivas são perpetuadas como "praxe" e respaldadas em função do saber/prática médico-hospitalar (15).…”
Section: Discussionunclassified
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“…A análise dos dados aponta que o maior número de grupos que abordam a temática de violência obstétrica no Facebook são privados, o que pode ser entendido como forma de proteção e garantia de coesão entre os interesses de seus participantes. No Brasil ainda são incipientes as discussões sobre violência obstétrica, por essa razão as mesmas estão sendo mobilizadas pelo uso de estratégias de ciberativismo, em que as ativistas pela humanização do parto formam uma esfera pública única, mais visível e com maior probabilidade de desafiar o discurso dominante (14), do conhecimento médico hegemônico, em que as práticas violentas e agressivas são perpetuadas como "praxe" e respaldadas em função do saber/prática médico-hospitalar (15).…”
Section: Discussionunclassified
“…Pesquisadores apontam que as discussões sobre violência obstétrica, mobilizadas pelo uso de estratégias de ciberativismo coletivo, dá voz às mulheres que passaram por situações de violência no período gravídico-puerperal, visibilidade à temática, espaço para discussão e, paulatinamente, desnaturaliza sua ocorrência. Nesse sentido, podemos destacar: as postagens coletivas, textos autorais publicados nos espaços pessoais em data pré-determinada, para alcançar uma maior mobilização em torno do assunto; o compartilhamento fácil e virtualmente sem custo de informações, o que possibilita a disseminação de conteúdos de longo alcance e instantaneamente; e os canais para troca de mensagens entre pessoas ou grupos, que facilitam a articulação e a organização de mobilizações (14).…”
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“…Para alguns autores, a violência à parturiente abrange desde a negligência na assistência, violência verbal, discriminação social, até a violência física. Para outros, a violência também se manifesta no uso inapropriado de tecnologia, com intervenções e procedimentos dispensáveis (Sanfelice et al, 2014;Luz & Gico, 2015;Matão et al, 2016). A fala a seguir aponta para situações de violências que a mulher pode ser exposta por profissionais da saúde.…”
Section: Puerpério E Suas Implicações No Desenvolvimento Da Mãe E Da ...unclassified