2008. Aumento na sobrevivência após vitrificação de oócitos bovinos imaturos em recipientes com maior condutividade... Acta Scientiae Veterinariae. 36(3): 255-261.
RESUMOA condutividade térmica do recipiente pode alterar a velocidade de resfriamento e reaquecimento, durante a criopreservação de oócitos, influenciando sua viabilidade. Recipientes de diferentes condutividades térmicas foram comparados na vitrificação de oócitos bovinos. Oócitos imaturos (n=1454) foram expostos a uma solução de 20% EG + 20% DMSO e 0,5 M Sacarose, envasados em PM (palheta metálica inoxidável, n=265), MV (micropipeta de vidro, n=279), PB (palheta cortada em bisel, n=280), OPS (open pulled straw, n=272) e vitrificados em nitrogênio submetido ao vácuo. O reaquecimento foi realizado por 5 minutos de exposição a cada solução de sacarose (0,30 e 0,15 M), aquecidas a 35ºC. Como controle, 358 oócitos foram mantidos frescos, sem vitrificar. Os oócitos foram maturados e fecundados, sendo os prováveis zigotos cultivados em meio SOFaaci, a 39ºC, com 5% CO 2 , 5% O 2 e 90% N 2 , em umidade saturada. Não foram verificadas diferenças nas taxas de clivagem entre os tratamentos, que foram inferiores (p < 0,05) ao grupo controle. Nos grupos vitrificados, maior taxa de blastocisto foi obtida com o tratamento PM (10,2%), que foi superior (p < 0,05) aos tratamentos OPS (6,1%) e PB (6,1%), não diferindo do grupo MV (8%), embora com tendência de ser superior (p < 0,1). Os grupos tratados tiveram semelhantes taxas de eclosão que, todavia, foram inferiores ao controle. Conclui-se que o aumento da velocidade de resfriamento melhora a viabilidade após a vitrificação de oócitos bovinos imaturos, sendo que as palhetas metálicas, de maior condutividade, são mais efetivas do que as palhetas plásticas (OPS e PB), embora sem diferir da micropipeta de vidro (MV).Descritores: vácuo, micropipeta de vidro, palheta de metal, OPS, oócitos, bovinos.
ABSTRACTThe thermal conductivity of the container can affect the cooling and warming rate during the oocyte cryopreservation, influencing its viability. Containers of different thermal conductivities were compared for the vitrification of bovine oocytes. Immature oocytes (n=1454) were exposed to a 20% EG + 20% DMSO and 0.5 M Sucrose solution, loaded into PM (stainless straws, n=265), MV (glass micropipettes, n=279), PB (beveled-cut straws, n=280), OPS (open pulled straws, n=272) and vitrified in nitrogen submitted to vacuum. Rewarming was performed by 5 min exposure to each sucrose solution (0.30 and 0.15 M), at 35ºC. As control, 358 oocytes were used fresh (non-vitrification). Oocytes were in vitro-matured and fertilized, with the presumptive zygotes being cultured in SOFaaci medium at 39ºC, with 5% CO 2 , 5% O 2 and 90% N 2 , in saturated humidity. No differences in cleavage rates were detected between treatments, being all lower than the control group (p < 0.05). In the vitrified groups, the highest blastocyst rate was observed in the PM treatment (10.2%), which in turn was higher (p < 0.05) than both the OPS (6.1%) and PB t...