“…Neste caso, ou seja, em face do ingresso de um novo partido, pode até mesmo ocorrer um aumento na tensão no interior do Poder Legislativo, além de desencadear uma série de desajustes no âmbito do Poder executivo, gerando provavelmente, um impacto significativo, acentuando-se assim, o paradoxo dos sistemas eleitorais conflitantes. Tal tensão poderá ser verificada nos próximos anos, tendo em vista que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro aprovou o pedido de registro do Partido Novo, o qual possui propostas em torno do aumento das liberdades individuais e da redução do papel do Estado, que são vistas como propostas tipicamente de direita(PAIVA, TAROUCO; 2011, p.21).Há que se comentar, ainda, que o teorema do eleitor mediano sugere que, num sistema majoritário com somente um vencedor, o representante escolhido será sempre mediano, mesmo considerando um espectro tridimensional de escolhas. Como a política geralmente é um jogo cooperativo, em que candidatos a cargos legislativos pertencem a partidos que geralmente fazem acordos com representantes do executivo, há um incentivo para que esses partidos também se aproximem do centro, influenciando os jogadores que os compõem.…”