INTRODUÇÃO A varicela é uma infecção altamente contagiosa, causada pelo vírus varicela-zoster (VVZ) e caracteriza-se por um exantema pápulo-vesicular pruriginoso. 1 Segundo dados norte-americanos anteriores à introdução da vacina, mais de 90% dos casos ocorriam antes dos 15 anos de idade, com maior incidência entre os 5 e os 9 anos. 2 Na maioria das crianças a varicela evolui de forma benigna e auto-limitada, mas pode apresentar complicações graves, nomeadamente sobre-infecção bacteriana cutânea, complicações neurológicas (ataxia cerebelosa, encefalite, meningite), respiratórias (pneumonia), hematológicas (púrpura trombocitopénica), gastrointestinais, entre outras. 3 Após a infecção, o VVZ fica em latência, podendo reactivar em 10 a 30% dos indivíduos sob a forma de herpes-zoster. Esta infecção pode evoluir com complicações semelhantes às da varicela e, em grupos de ris-co (idosos e imunodeprimidos), está associada a morbi-mortalidade significativa. 4 Dados portugueses referentes ao ano de 2007 apontam uma taxa de incidência de varicela de 649,7 casos por 100.000 indivíduos na população geral. Esta taxa é superior nos grupos etários dos 0 aos 4 anos (6.241,5 por 100.000) e dos 5 aos 9 anos (3.536,2 por 100.000). 4 A vacina contra a varicela é uma vacina de vírus vivo atenuado (estirpe Oka) desenvolvida no Japão em 1970. Foi aprovada nos Estados Unidos da América (EUA) em 1995 e está recomendada para vacinação universal. Vários países europeus (Alemanha, Espanha, Itália, Holanda e Suíça) também adoptaram a vacinação universal contra a varicela. 4 Nestes países, a implementação universal da vacina demonstrou ser uma estratégia eficaz na redução do número de casos, internamentos, consultas médicas e mortes. 5 Em Portugal, a vacina foi introduzida em 2003, mas não está incluída no Plano Nacional de Vacinação (PNV), pelo que a decisão de a prescrever individualmente deve ser fundamentada. Por um lado, mesmo sendo uma doença habitualmente benigna, a sua elevada frequência entre a comunidade infantil condicio
Cytomegalovirus (CMV) is a virus that belongs to the family of Herpesviridae. Infection can cause a serious disease in immunocompromised patients, but it can also affect immunocompetent patients, creating generally self limiting symptoms. However, in some cases it can be fatal. We present a case of CMV ileitis with serious clinical symptoms that led to an operation in an immunocompetent patient.Key words: Ileitis. Cytomegalovirus. Immunocompetent. INTRODUCTIONCytomegalovirus (CMV) is a form of Herpes virus. In humans, it is known as human herpesvirus 5 (HHV-5). It belongs to the Betaherpesvirinae subfamily of Herpesviridae. The source of the virus name is the size increase observed in the infected cells as a result of the weakening of the cytoskeleton. It can cause serious diseases in immunocompromised patients, either due to the reactivation of a latent infection or to a primo-infection. The CMV infection mainly affects immunocompromised patients. However, it is not rare in immunocompetent patients, and its symptoms are compatible with a non-specific viral syndrome or they simulate a mononucleosis (1,2).CMV infection can affect any system of the body, which, in decreasing order of incidence are: gastrointestinal tract (mainly in the form of colitis), central nervous system (meningitis, encephalitis,…), hematological manifestations (hemolytic anemia, thrombocytopenia), eyes (retinitis, uveitis), liver (hepatitis), lung (pneumonitis) and circulatory system (venous and arterial thrombosis) (3).In the case of gastrointestinal tract, the most common affected areas are the colon and the rectum, and other locations such as the small intestine are rarer. Clinical symptoms include: fever, abdominal pain, anorexia, nausea, vomiting, diffuse abdominal pain, lower abdominal pain, weight loss, diarrhea, hematochezia or melena. Complementary tests for diagnosis include: abdominal ultrasound or CT scan, gastroscopy and colonoscopy with ileoscopy with biopsies and fecal culture. Endoscopic findings include friable or edematous mucosa, fold thickening and, more characteristically, well-delimited medium-or bigsized ulcers with protruding edges separated by normal mucosa. The diagnosis is based on histological analysis, fecal culture, C-reactive protein and serology (4,5). The pathogenesis of these lesions is still unclear, but it seems to be the consequence of ischemic damage to the mucosa secondary to an infection of the vascular endothelial cells and local autoimmune alterations (6).Although this infection is considered to be self-limiting in immunocompetent patients, some cases with serious clinical manifestations that can lead to death have been published (3). Cytomegalovirus ileitis in an immunocompetent patient CLINICAL NOTETejedor-Cerdeña María Auxiliadora, Velasco-Guardado Antonio, Fernández-Prodomingo Ana, Piñero-Pérez María Concepción, Calderón Renzo, Prieto-Bermejo Ana Beatriz, Sánchez-Garrido Ana, Martínez-Moreno Juan, Geijo-Martínez Fernando, BlancoMúñez Óscar Javier, Rodríguez-Pérez Antonio. Cytomegalov...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.