Este trabalho teve como objetivo compreender as significações atribuídas pelos pais acerca do diagnóstico de câncer de seus filhos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, com sete progenitores de crianças acometidas por câncer que estavam em tratamento em um hospital público do Rio Grande do Sul. Os dados foram interpretados através da análise de conteúdo, a qual permitiu a elaboração de cinco categorias, a saber, Da suspeita do diagnóstico ao choque da confirmação, "A vida da gente para, né", A família que "adoece junto": repercussões e adaptações familiares mediante o diagnóstico As culpas, as faltas e as dores: os significados dados pelos pais para a doença acometida aos filhos, Mudanças físicas e emocionais: a compreensão de sua doença pela criança e a "preocupação natural" dos pais e Perspectivas para o futuro. Concluiu-se que profundas ressonâncias familiares são suscitadas pela enfermidade que acomete o infante e os significados dados à doença confirmam o processo do tratamento como sendo fonte de tensão, rompimentos profissionais e sociais, sofrimento e estresse elevado para toda a família.
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