Este trabalho procura elaborar reflexão acerca de alguns procedimentos discursivos que circundam a escola, os docentes e discentes, tendo em vista o possível exercício (ou sua negação) dos procedimentos dialógicos. A partir deste vetor são expandidas e cruzadas indagações acerca do aspecto propriamente comunicacional que estaria presente (ou ausente) nas salas de aula, seja nas relações presenciais seja naquelas mediadas pelos dispositivos técnicos. Levanta-se a hipótese segundo a qual os andamentos monológicos, tendentes a ser associados aos circuitos tradicionais da linguagem exercitada nas salas de aula, estão se fazendo presentes, também, quando entram em cena aparatos tecnológicos acionados com a finalidade de cumprir propósitos didático-pedagógicos.
Este artigo resulta de pesquisa em escolas localizadas na cidade de São Paulo e entorno e se vincula a preocupações concernentes às interfaces educomunicativas. Um dos objetivos do trabalho foi o de verificar como os meios de comunicação e suas linguagens entram em circulação no cotidiano das aulas. Daí decorreram perguntas afeitas aos eventuais usos da comunicação nos processos de ensino e aprendizagem, assim como o reconhecimento dos hábitos midiáticos de discentes e docentes. Entre as técnicas investigativas acionaram-se entrevistas, questionários, observação direta, abrangendo cento e noventa e sete docentes e seiscentos e noventa e nove discentes, distribuídos em trinta e duas escolas. Os resultados indicam existir desencontros entre os ritmos dos discursos escolares e as temporalidades que matizam o cotidiano de alunos e professores, marcadas fortemente pelos media. Propomos promover a inter-relação comunicativo-educativa enquanto possiblidade de circundar aquelas distonias
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