Este artigo tem como tema o potencial comunicativo e cognitivo do infográfico a partir de uma modalidade de signo ou representação visual, o diagrama, na perspectiva de Charles S. Peirce. O objetivo geral consiste em explicitar a capacidade do infográfico de produzir efeitos que contribuam para o processo comunicativo e cognitivo. Os objetivos específicos são contextualizar o uso de recursos imagéticos no âmbito do ensino/aprendizagem; apresentar o infográfico como representação visual de informações ou dados; abordá-lo na perspectiva da semiótica peirceana; analisar um dos infográficos do corpus selecionado para esse estudo — livros de Biologia do Ensino Médio, indicados pelo PNLD 2018. O referencial teórico compõe-se de ideias da semiótica ou lógica de Peirce, sobretudo da gramática especulativa, na qual a classificação do signo icônico dá conta do entendimento do conceito de diagrama que fundamenta o estudo do infográfico e da lógica crítica, que embasa a cognição ou os tipos de raciocínio. Para uma abordagem que tangencie o ensino no âmbito da Comunicação, nos valemos de Martín-Barbero (2014) e Citelli (2010). A metodologia constituiu-se de análise, aplicando estratégias advindas da semiótica peirceana nos dois ramos anunciados, que amparam a tipologia dos diagramas desenvolvida por Franco e Borges (2017): o possível, o existente e o geral. A relevância desse estudo está em contribuir para que o uso do infográfico, visto à luz do conceito de diagrama peirceano, possa vir a ser considerado em produtos voltados para ensino, bem como para subsidiar produtores de conteúdo — jornalistas, designer, editores — favorecendo o âmbito comunicacional, educacional e social.