O presente artigo apresenta resultados de uma investigação sobre a narrativa esportiva de MOBA considerada aqui enquanto um novo gênero discursivo. Nosso objetivo é investigar esse gênero tendo em vista seus aspectos temáticos, composicionais e estilísticos. Para tanto, lançamos mão dos conceitos bakhtinianos sobre dialogismo e gênero discursivo. O corpus foi composto de dois excertos de narrativas esportivas de League of Legends, realizadas no Brasil: uma em um campeonato e outra em um programa de televisão. Para a construção da análise, estabelecemos paralelos com a narração de futebol, a fim de entender as especificidades da narrativa esportiva de MOBA. Como conclusão, apontamos que as características principais da narrativa de MOBA, enquanto elementos que particularizam essa instância comunicativa, são o aspecto multifocal do olhar do narrador e o controle do espectador.
A construção de sentido(s) de “nordestino”, sem dúvida, passa por áreas das mais diversas: História, Geografia, Política, Economia, para citarmos algumas. Não obstante, entendemos que, dentre várias áreas que possuem uma importância central nessa construção de sentidos, a Literatura Brasileira teve – e tem – um papel de destaque na construção de sentidos do que ficou comumente conhecido como “ser nordestino”. Partindo dessa premissa, este nosso trabalho tem por objetivo discutir, à luz da Semântica, a construção de sentidos de “nordestino”, a partir da consideração de dois tipos de textos literários: por um lado, um texto que se constrói a partir de uma espécie de “olhar de fora” sobre o Nordeste; de outro, textos literários construídos a partir de um “olhar de dentro”. Respectivamente, tomaremos, no primeiro caso, “Os Sertões”, de Euclides da Cunha; e, no segundo, obras da literatura regionalista nordestina da chamada Geração de 30, que inclui, dentre outros, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.
O objetivo deste trabalho é discutir por meio da análise de três propagandas veiculadas pelo Ministério da Educação – MEC, os sentidos do termo professor e como o político se configura nessas relações de sentido sob a perspectiva da Semântica do Acontecimento, teoria que parte do pressuposto da enunciação como um acontecimento de linguagem que produz sentido a partir de uma relação do sujeito com a língua, sendo essa relação prática política, pois instaura o conflito no centro do dizer. Os sentidos não são fixos nem estanques, pois são constituídos na enunciação e não são transparentes, pois o sujeito não tem controle sobre os sentidos. Nossa hipótese é a de que os sentidos de professor não remetem somente ao profissional e que ao passo que sentidos de prestígio são constituídos, sentidos de desvalorização também são percebidos nesses enunciados. Como resultado, percebemos a presença constante do conflito de sentidos em nossas análises.
Neste artigo, discutimos a relação que se estabelece discursivamente entre a então pré-candidata às eleições presidenciais de 2010, Dilma Rousseff, e os chamados “radicais” do PT. A partir das análises de excertos de reportagens veiculadas na revista Veja, buscamos mostrar como se dá a relação de conflito no jogo discursivo que os legitima em posições discursivas distintas. Além disso, concomitantemente discutimos também a relação discursiva que se estabelece entre Dilma e Lula enquanto sujeitos políticos, na qual identificamos uma relação de proximidade entre eles no decorrer do referido período.
Neste trabalho é feita uma análise de excertos de duas denúncias de crime de responsabilidade fiscal contra a então presidente do Brasil Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), redigidas por Janaína Paschoal, Miguel Reale Junior e Hélio Bicudo. Essa análise é um recorte da dissertação de mestrado intitulada “Os sentidos de impeachment no caso Dilma Rousseff: uma análise semântica”. Nosso objetivo é analisar os sentidos de impeachment partindo da hipótese de que impeachment, no corpus observado, pode remontar memoráveis alheios aos do campo jurídico. Para tanto, faz-se uso dos procedimentos de análise da Semântica do Acontecimento (SA), proposta por Eduardo Guimarães (2002, 2009, 2010, 2011). Devido ao entendimento de não-transparência da língua, a teoria permite que se observem os sentidos e as relações dos termos em textos a partir das relações históricas. Após observar as relações de reescritura e articulação, sendo a primeira a forma que o termo é redito ao longo do texto e a segunda as relações do termo com os seus termos periféricos, constroem-se DSDs (Domínio Semântico de Determinação) para exibir as relações de sentido de impeachment no corpus observado. Além disso, são pensadas as possibilidades de paráfrase que sustentam as possíveis conclusões. Entende-se ao final deste trabalho que os enunciados observados podem apresentar sentidos distintos de impeachment, sejam sustentados no âmbito político, jurídico ou moral.
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