O presente artigo apresenta resultados de uma investigação sobre a narrativa esportiva de MOBA considerada aqui enquanto um novo gênero discursivo. Nosso objetivo é investigar esse gênero tendo em vista seus aspectos temáticos, composicionais e estilísticos. Para tanto, lançamos mão dos conceitos bakhtinianos sobre dialogismo e gênero discursivo. O corpus foi composto de dois excertos de narrativas esportivas de League of Legends, realizadas no Brasil: uma em um campeonato e outra em um programa de televisão. Para a construção da análise, estabelecemos paralelos com a narração de futebol, a fim de entender as especificidades da narrativa esportiva de MOBA. Como conclusão, apontamos que as características principais da narrativa de MOBA, enquanto elementos que particularizam essa instância comunicativa, são o aspecto multifocal do olhar do narrador e o controle do espectador.
Neste artigo, buscamos refletir sobre o texto enquanto um trabalho processual que demanda esforço e envolve diversas etapas. Ancoradas teoricamente no Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2015 [1930-1936]; 2016 [1952-1953]; VOLÓCHINOV, 2018 [1929]; 2019 1930]), para quem a linguagem é viva e dialógica, apresentamos uma proposta de modelo de processamento da escrita, assumindo a ideia de que um texto escrito é sempre elaborado no fenômeno social da interação discursiva e, dessa forma, mais do que etapas distintas, abrange aspectos históricos, ideológicos, cognitivos, textuais e discursivos. Os dados que analisamos, relacionados ao processo de construção de uma resenha acadêmica elaborada por uma estudante universitária, mostram que não se pode falar em processamento textual sem levar em consideração o contexto situacional, os campos de atuação humana, os gêneros do discurso, as relações dialógicas, além da mobilização de conhecimentos e das próprias etapas de escritura. Além disso, o material de análise comprova que apenas com trabalho e esforço é possível produzir um texto escrito.
A retextualização é tida como uma grande ferramenta para o trabalho com os gêneros do discurso, visto que se trata da produção de um novo texto a partir de um ou mais texto(s)-base. No intuito de ampliar as discussões a respeito dessa temática, este artigo busca investigar como se apresenta o fator compreensão no processo de produção textual de um resumo escrito por uma dupla de estudantes universitários, a partir do ensaio de Toledo (1994). Para tanto, analisamos o texto a partir de um olhar processual, ou seja, de sua gênese. Fundamentamo-nos teoricamente em Flower e Hayes (1981), Prado (2019), Bakhtin (1997), Marcuschi (2010), Matencio (2002), Dell’Isola (2007), Machado (2010), Paviani (2010) e Koch e Travaglia (2015). A análise dos dados evidenciou que a compreensão é um fator fundamental no processo de retextualização, sendo uma de suas características basilares para que o processo não seja considerado mecânico.
Nas últimas décadas, as discussões sobre o ensino de línguas têm sugerido um trabalho contextualizado com a gramática. Diante disso, o objetivo deste trabalho é analisar a abordagem do ensino de gramática no livro de 8º ano do projeto Aprova Brasil (Soluções Moderna), que visa à preparação de estudantes para avaliações externas como a Prova Brasil, que avaliam a sua competência leitora. Para isso, atividades do material foram analisadas qualitativamente, com base nos postulados de Antunes (2007, 2014) e Possenti (1996). Os resultados mostraram um trabalho contextualizado com a gramática, focado na produção de sentidos dos elementos dentro do texto, em vez de uma redução à nomenclatura ou de uma abordagem descontextualizada, o que prepara o aluno para os usos sociais da língua.
Este artigo trata da retextualização que, segundo Marcuschi (2010), é o processo de construção de um texto a partir de um ou mais texto(s)-base. Considerando a necessidade de inserção de gêneros do discurso digitais nas aulas de Língua Portuguesa, como propõe a BNCC (BRASIL, 2018), comparou-se duas retextualizações, sendo uma produzida em papel e outra no celular, tendo o objetivo de analisar a textualização e a hipertextualização, que são consideradas tarefas de retextualização. Para tanto, foram analisados dados processuais de uma dupla de estudantes do Ensino Médio, que produziu, conjuntamente, uma carta e uma publicação de Instagram. Teoricamente, o trabalho apoia-se em autores como Bakhtin (2011), Costa Val (2004), Dell’Isola (2007), Koch e Travaglia (2015) e Xavier (2010). Com as análises realizadas, percebeu-se que textualização e hipertextualização diferenciam-se devido às possibilidades abarcadas pelo hipertexto, de caráter multissemiótico, que possibilita leitura sinestésica, independência leitora, produção multimodal, mas, como desvantagem, a cópia-colagem.
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