Este artigo analisa a reportagem “Amor supera conflitos entre filhos e mães”, publicada na edição n. 9.208, de 14 de maio de 2017, no jornal A Gazeta, a qual veicula três diferentes histórias de conflito entre mães e filhos, com ênfase no relato sobre uma jovem convertida ao Islã. Entende-se que tal reportagem não apenas (re)produz sentidos sobre o amor materno, hábil a diluir contendas, inclusive a conversão da filha a uma religião construída discursivamente como conflituosa, bem como retoma enunciados que constroem discursivamente o Islã como religião do atrito. A (re)produção desses enunciados, que atrelam o Islã ao espaço do embate, parece produzir determinados efeitos de verdade sobre como essa prática religiosa é percebida no Brasil contemporâneo.
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